Karl Marx acerta, ao afirmar que é preciso modificar o mundo. Um olhar em direção à realidade confirma que viver em sociedade significa estabelecer propósitos que sejam coletivos, ou seja, não se pode querer estar conectado a todo momento, esquecendo as relações familiares. Nessa lógica, cabe analisar que o avanço tecnológico fomentou uma série de benefícios que facilitaram a vida da sociedade, entretanto, o uso desordenado desses dispositivos acaba estremecendo o convívio familiar. É fato que essa ideia requer, primeiramente, um estudo acerca do início do avanço tecnológico e suas consequências. Nessa perspectiva, torna-se fundamental compreender que na década de 80 foi consolidado o avanço tecnológico mundial, alterando o padrão de vida da sociedade. Logo, esse avanço trouxe benefícios nos quesitos de trabalhos resolvidos pelo aparelho celular, aproximação de pessoas, velocidade de informação e facilidade motora. Todavia, as relações familiares acabaram caindo para segundo plano, sendo os gestos físicos substituídos por mensagens de texto virtuais. Outro ponto fundamental para consolidação desse tipo de pensamento é o fato que as crianças desde cedo já estão se acostumando a utilizar os aparelhos eletrônicos e não conhecendo o afeto familiar. Sendo assim, a solidariedade familiar depende de uma sincronização da agenda de seus membros, o que muito difícil. É lamentável, contudo, que o uso indiscriminado dessas tecnologias acarretará, em um futuro próximo, uma geração afetada psicologicamente quanto emocionalmente, sem sintonia com seus familiares. Fica clara, portanto, a necessidade de que o Ministério de Saúde estabeleça como meta conscientizar o uso racional dos aparelhos tecnológicos, a fim de coibir a troca das relações familiares pelas relações virtuais. Ainda assim, é imprescindível que o sistema midiático esclareça a importância da presença dos pais no crescimento de seus filhos, por meio de propagandas emotivas, com o propósito de emocioná-los e aproximá-los de seus herdeiros. Só assim será possível promover uma mudança significativa nas relações familiares.