Atualmente, as famílias não se relacionam com regularidade através da fala, mas sim por meio de palavras digitais, levando em consideração que o homem nunca teve tanto acesso à tecnologia como possui hoje, o que gera certas consequências, como: alguns pais deixaram de estar presentes na vida dos filhos, crianças estão cada vez mais dependentes dos aparelhos eletrônicos, gerou-se insegurança, ansiedade e diversos outros problemas que afetam o meio familiar. Uma frase que pode ilustrar a problemática muito bem tem como autor Jean-Paul Sartre, e diz o seguinte: "Quanto aos homens, não é o que eles são que me interessa, mas o que eles podem se tornar". Quando o indivíduo recebe a tecnologia em seu cotidiano, vê que ela é um caminho fácil para a resolução de vários problemas e, desta forma, cria-se uma possibilidade do que o mesmo pode tornar-se. Esse era e é o risco. No dia a dia existem diversos indivíduos que não desgrudam de um celular, smartphone, ou computador, e este comportamento não é genético, formou-se no decorrer dos anos, como consequência da possibilidade do que poderia se tornar. Vê-se no mundo digital, um mundo onde as coisas são fáceis e extremamente acessíveis, fato este que influência o uso dos aparelhos eletrônicos e gera conformação no usuário. Quando esses adentram no meio familiar gera o distanciamento físico, tornando-se um desafio a comunicação direta. Ao mesmo tempo que os smartphones visam a comunicação entre pessoas, os mesmos as distanciam. Os pais, por estarem muitas vezes ausentes, não educam seus filhos como deveriam. Por fim, estes crescem sem um norte, geralmente guiados pelo que consta na internet, ou seja, o que restou para os aconselhar. Portanto, os desafios presentes no ambiente familiar devem ser solucionados pois causam várias dificuldades de comunicação que dão sequência a um efeito dominó para outras áreas que o compõe. Necessita-se de uma ação governamental diante dessa situação, como a criação de projetos ligados à psicólogos visando o atendimento de indivíduos prejudicados pela tecnologia para que percebam como a mesma chegou a afetar sua família, e quebrem as barreiras que construíram, melhorando o convívio e, consequentemente, a comunicação.