Com o avanço das tecnologias, estas vêm se tornando uma importante ferramenta, seja no contato social ou profissional. Entretanto, quando mal utilizadas, podem trazer danos irreparáveis, principalmente no relacionamento familiar. Dessa forma, é imprescindível analisar seus usos e seus impactos nos lares. Segundo o escritor Augusto Cury, a família vem sendo transformada em um grupo de estranhos que estão ilhados em seus próprios mundos. Nessa perspectiva, vê-se uma realidade comum em muitas residências: de um lado pais utilizando dispositivos móveis e, muitas vezes, transformando suas casas em extensões do trabalho e, de outro, filhos isolados em seus quartos, usando a internet como principal forma de para comunicar-se - até mesmo com pessoas que estão no mesmo local. Nesse contexto, a revista americana Highlight realizou uma pesquisa com crianças entre 6 e 12 anos e cerca de 1500 delas relataram que seus responsáveis não os dão atenção suficiente enquanto usam artigos tecnológicos, como os smartfones. Assim, observa-se que em alguns momentos, as pessoas estão fisicamente presentes, mas completamente alheias ao mundo ao seu redor. A tecnologia facilita e auxilia a propagação de informações, no entanto, o ser humano possui limitações que constantemente são ultrapassadas com o uso exacerbado dessa ferramenta, gerando impactos no convívio familiar e, até mesmo, causando problemas como a dependência e distúrbios do sono. Desse modo, é fundamental ressaltar que esse instrumento tem inúmeros pontos positivos, como facilitar a disseminação do conhecimento, mas, ao mesmo tempo, encontra-se em constante duelo com a família, pois vem, aos poucos, acabando com as relações pessoais. Portanto, a tecnologia serve para aproximar quem está longe e, ao mesmo tempo, para distanciar quem está perto. Assim, medidas fazem-se relevantes para contornar os desafios do relacionamento familiar com o seu avanço. Para isso, é necessário que os pais passem a se policiar sobre o uso exagerado de dispositivos tecnológicos, passando também, a regrar o horário de uso dos seus filhos. Ademais, é de extrema importância que a escola, em parceria com ONGs, desenvolva campanhas de educacionais que ensinem a população a utilizar essa ferramenta de forma saudável e, principalmente, ao seu favor, como forma de conhecimento.