Título da redação:

Escravidão virtual

Tema de redação: Os desafios do relacionamento familiar no contexto das novas tecnologias

Redação enviada em 27/08/2017

Com o ínicio da globalização no final do século XX, massificou-se a integração econômica, social e cultural. Diferentes costumes e hábitos, assim como tecnologias, bombardeiam, diariamente, populações, implantando novos estilos de vida. Contudo, essas novidades afetam os lares brasileiros que, fragilizados, tornam-se escravos dos aparelhos tecnológicos. Primeiramente, a introdução precoce dos meios de tecnológicos fundamenta a escravidão virtual. Para Piaget, é na infância que os valores morais são aprendidos e que as novidades geram, com o tempo, acomodação no indivíduo. Muitos pais alteram o comportamento de seus filhos com a inclusão digital prematuramente, atrapalhando na fase do conhecimento da moral. Atitudes como essa formam cidadãos presos às tecnologias e de pensamento crítico debilitade, já que os momentos de questionamento sore vidade e sobre o próprio ser são interrompidos por celulares. Assim, crianças introduzidas nesse meio poderão ter um déficit no desenvolvimento social, dificultando a interação familiar. Outrossim, a modernização é intrínseca à evolução, porém, com ela, há o avanço do desconhecimento mútuo. A utilização de aparelhos eletrônicos compromete a comunicação entre a família, uma vez que o tempo fasto para essa ação é trocado pelo vício produzido pela informatização. Dessa forma, assuntos pertinentes a cada integrante da família e o momento de interação perdem o valor, provocando um isolamento virtual e extinção do conhecimento recíproco. Portanto, a tecnologia gera danos às pessoas e, consequentemente, aos lares. Para minimizar esses problemas, faz-se necessário que as unidades familiares separem algumas horas do dia, como as refeições, para conversar, proibindo o uso de celulares ou qualquer outro aparelho, o que facilitaria a comunicação entre os membros. Ademais, as Associações de Moradores devem promover eventos com teatro e brincadeiras para que as famílias brasileiras passem mais tempo interagindo do que presos às tecnologias. Essas mudanças podem transformar a realidade de muitas casas, construindo ambientes mais sociáveis e trazendo a essência familiar de volta.