Título da redação:

Convívio familiar no século XXI

Tema de redação: Os desafios do relacionamento familiar no contexto das novas tecnologias

Redação enviada em 12/06/2017

Durante a Guerra Fria, a internet foi desenvolvida para evitar que a comunicação fosse interrompida por bombardeios. Essa tecnologia impactou o campo social, ao ponto de garantir a interação entre pessoas que se encontravam em lociais distantes. No entanto, com a popularização dos dispositivos móveis, no século XXI, é perceptível o uso exagerado das redes sociais, o que proporciona dificuldades de convívio entre pais e filhos, os quais secundarizam o diálogo no cotidiano e o contato físico. Nesse contexto, a importância dada às tecnologias pelos membros da família demonstra a falta de planejamento em relação às atividades que podem ser realizadas em conjunto, como passeios, preparação de lanches e brincadeiras. Dessa forma, pais e filhos recorrem a internet a fim de ocupar o tempo livre, porém as redes sociais é caracterizada por ser um sistema de recompensa, no qual favorece a secreção de neurotransmissores relacionados ao prazer, como a noradrenalina, dopamina e serotonima. Isso ocorre quando há a recepção de elogios e curtidas com a postagem de fotos e textos, os quais geram sentimentos de potência e relevância, como também a constituição de dependência em função das novas tecnologias. Ainda convém lembrar os efeitos que o uso exacerbado dos smartphones propicia ao relacionamento familiar. O desvio de atenção aos acontecimentos notificados pelo dispositivo de maneira execessiva gera a falta de interação e diálogo entre os membros familiares, o que proporciona o afrouxamento do verdadeiro significado da família, cuja união, cooperação e convívio são negligenciados. Dessa forma, os pais deixam de conhecer e vivenciar o que ocorre com seus filhos e, assim, isso favorece a influência de crianças e adolescentes por pessoas sem índole, a fim de vender drogas e álcool e, também, de obter parceiros de crime. Outro fator existente é as consequências que o afastamento entre os constituintes da família promovem para si próprios no âmbito emocional. A falta de contato físico, por meio do abraço, beijo e até do aperto de mão impede a liberação de ocitocina, substância envolvida no relaxamento muscular, na diminuição da frequência cardíaca e respiratória e, consequentemente, na sensação de tranquilidade. Logo, o indivíduo que não possui essa interação corporal desenvolve crises de ansiedade, depressão, mau humor e estresse, os quais têm a capacidade de afetar a saúde física, como o estímulo à hipertensão e taquicardia. Sendo assim, é essencial que a família limite o uso de tecnologia em dias específicos da semana, para realizar debates e discussões em união sobre a atualidade, o cotidiano, valores éticos e morais, a fim de desenvolver a afetividade e a interação familiar. Além disso, é importante a realização de propagandas e campanhas, em escolas e empresas, por pedagogos, médicos e psicólogos, com o propósito de conscientizar a limitação das redes sociais e relatar os prejuízos do uso exagerado das tecnologias. Por fim, os próprios indivíduos devem se controlar quanto a utilização dos equipamentos eletrônicos, através da ocupação do tempo com a leitura de jornais e livros, a montagem de quebra- cabeça e a realização de exercícios físicos.