Título da redação:

Conversa gutural será o diálogo do futuro?

Tema de redação: Os desafios do relacionamento familiar no contexto das novas tecnologias

Redação enviada em 19/09/2017

No livro Vidas Secas de Graciliano Ramos, Fabiano e sua família comunicam-se em forma animalesca: com sons guturais, gestos e com pouco uso de palavras, dificultando o entendimento e o desenvolvimento sócio-econômico dos familiares. Logo, é irrefutável a prática do diálogo nas famílias. No entanto, com os adventos tecnológicos, essa dificulta-se pelo estilo de vida moderno e pela acessibilidade dos celulares. Em primeiro plano, é indubitável que a tecnologia ultrapassou nossa humanidade segundo Albert Einstein. Nesse sentido, a necessidade diária de vários dispositivos prejudica os aspectos humanos como o diálogo, aumentando sua dificuldade pela oralidade e facilitando pela digital nos celulares. Assim, conversas com parentes e com os amigos, importantes no desenvolvimento psicológico e étnico, são mais raras e recados pelas mensagens comuns, como mostra a pesquisa do site Mashable no qual 90% dos jovens usam celulares para enviar SMS's. Ademais, o estilo de vida hodierno necessita da tecnologia. Em suma, pela velocidade e pressão que o mundo adquiriu pela acessibilidade que a Internet proporciona, o trabalho que deveria limitar-se a ser praticado dentro da empresa é incorporado e aceito dentro do lar. Além disso, O "bombardeamento" de informações levam as pessoas a visualizarem e procuraram mais informações. Consequentemente, os jovens e os adultos passam mais tempo na frente dos celulares e computadores com menos tempo direcionado para socialização, já que os primeiros tornaram-se acessíveis a quase todos, como mostra a pesquisa do site Mashable, segundo o qual 3/4 dos adolescentes entre 12 e 17 anos possuem celulares. Fica claro, portanto, os empecilhos enfrentados pela comunicação dentro do relacionamento familiar. Dessarte, a educação tecnológica deve ser implementada pelas escolas, com estudos científicos como base, para que em reuniões ou palestras semanais, os professores ensinem os pais como utilizar, por qual período e como fiscalizar o uso de celular pelos filhos e por eles mesmos a fim de que esse advento tecnológico intrínseco a população do século XXI não vá de encontro a um aspecto essencial humano e por fim as conversas guturais de Fabiano e da família não vão ser uma realidade.