Na última década, o surgimento e a popularização das tecnologias móveis, como tablets e smartphones, trouxe consigo uma constatação desagradável: as famílias estão passando menos tempo juntas e seus membros dão preferência ao entretenimento individual. Essa constatação, entretanto, não se refere a um problema novo. Muito antes do surgimento das tecnologias citadas, a interação familiar sofria desafios similares. Filhos se divertiam com livros e brinquedos enquanto os pais davam atenção ao jornal ou desempenhavam tarefas domésticas, como cozinhar ou lavar o carro. A dificuldade de conciliar interesses individuais e preferências diversas entre as diferentes gerações de uma mesma família não surgiu junto dos tablets e smartphones. Tais tecnologias apenas evidenciaram e, em alguns casos, intensificaram esse descompasso. Diante dessa questão, a busca por mais diálogo dentro da família pode ser útil. Não adianta juntar pai, mãe, filhos e avós em um mesmo local se não há nenhuma atividade coletiva que todos queiram realizar. O diálogo pode, portanto, ajudar a encontrar tal atividade, seja ela um jogo de tabuleiro ou uma visita a um parque, por exemplo. Adicionalmente, é preciso respeitar os interesses individuais e aceitar que, em alguns momentos, todos precisam de espaço e privacidade para desenvolver projetos próprios. A interação familiar é um desafio devido à diversidade de interesses e preferências em uma mesma família. A conciliação desses interesses é possível através da busca por diálogo e respeito.