A dinâmica familiar passa por mudanças desde o primórdio da vida humana. Dentre os fatores que influenciam nessa constante metamorfose estão as revoluções, as guerras mundiais e, no século XXI, a evolução da tecnologia. A possibilidade de utilizar aparelhos sem fio para os mais variados fins tem como consequência, contraditoriamente, pessoas mais distantes uma das outas. Cada vez mais cedo jovens têm acesso ilimitado à smartphones e computadores, fazendo com que o hábito de utilizar esses aparelhos seja uma parte de sua criação. Crianças com menos de dez anos já preferem navegar em aplicativos do que brincar ao ar livre, por exemplo, e acabam ficando imersas nesse universo artificial. Essa situação se agrava a partir do momento que os pais utilizam os mesmos meios para resolver problemas com apenas um toque. Situações que deveriam ser resolvidas no trabalho aparentam ser muito mais simples se resolvidas de casa através do celular. Isso implica em tornar o dia-a-dia um expediente constante, assim tomando o tempo que deveria ser livre. É difícil estabelecer um limite para o uso dessas tecnologias. Ao mesmo tempo em que facilitam o trabalho, os estudos e a comunicação entre indivíduos, a utilização desses meios afasta os familiares dentro da própria casa. A interação com o meio externo toma todo o tempo e substitui a interação de pessoas que estão ao lado uma da outra. Dessa maneira, tem-se necessária a criação de medidas que solucionem as problemáticas familiares que surgem juntamente à evolução tecnológica. Cabe ao Governo Federal utilizar a mídia como aliada em campanhas de conscientização quanto ao vício e utilização exagerada de aparelhos eletrônicos, por meio de propagandas em televisões e até mesmo em redes sociais. Além disso, a própria família deve se policiar e ter entendimento que aplicativos e sites vieram para facilitar diversas tarefas, mas sem se tornarem a única atividade do dia.