Ao se fazer uma breve análise social, destaca-se as dificuldades referentes ao relacionamento familiar e muito se discute acerca desse problema. No que se refere à sociedade brasileira, pode-se dizer que essa problemática deriva do acesso precoce às tecnologias pelos jovens que, consequentemente, não buscam dialogar com seus responsáveis de modo frequente e da falta de habilidade dos pais em gerir atividades que possibilitem uma real e efetiva interação familiar. Uma pesquisa realizada com crianças de 3 a 4 anos pela empresa de softwares A.V.G.T( Antivirus Guard Technologies) no ano de 2014, revelou que 47% dos pequenos sabiam como usar um smartphone, mas apenas 14% eram capazes de amarrar os sapatos sozinhas. Compreende-se, assim, que existe uma relação inconveniente entre o acesso a aparelhos tecnológicos e o convívio saudável entre pais e filhos. Dessa maneira, torna-se imprescindível a ação por parte dos pais em controlar a regularidade com que seus filhos interagem com dispositivos, com o intuito de beneficiar a convivência positiva em seus lares. Outra preocupação constante é a falta de conhecimento dos pais em conduzir afazeres que levem a uma comunicação profunda com seus filhos. Por estarem absortos em atividades do trabalho, tarefas domésticas ou por simplesmente não possuírem condições financeiras, não dispõem de fácil acesso a alternativas levantadas por profissionais que se dedicam a resolver questões de administração familiar. Levando em consideração esses aspectos, fica evidente a necessidade de intervenção por parte do Estado em realizar eventos que tratem acerca de relações interpessoais dentro dos grupos familiares, aumentando a possibilidade dos pais obterem esse tipo de informação. Tendo em vista o que foi mencionado e os dados expostos, medidas são necessárias para resolver o impasse. Em virtude dos argumentos apresentados, o M.E.C (Ministério da Educação e Cultura) deve realizar palestras em estabelecimentos públicos, ministradas por professores e pedagogos especializados em relacionamentos familiares, tornando mais fácil a obtenção de informações pelos pais a respeito de como gerir a relação de seus filhos com os dispositivos modernos. Além disso, o governo federal deve fornecer ajuda profissional a famílias de baixa renda, por meio da contratação de psicólogos habilitados em psicologia da família, visando a resolução definitiva dos problemas em pauta.