Ao longo do processo de formação da sociedade humana, o conceito de família conta com a junção de um grupo de pessoas que dependem da relação afetiva e ancestralidade em comum. O surgimento de tecnologias móveis de informação, proporcionada pela era do meio técnico científico informacional, termo criado pelo geografo Milton Santos, implantou no cotidiano do homem novas necessidades que os fazem afastar da relação familiar mesmo estando fisicamente presente. Logo, o tal uso indiscriminado gera uma ameaça a principal função familiar: a formação social dos indivíduos iniciada pela educação informal realizada pela família. A exposição de informações pessoais demostra que a educação virtual não é um assunto muito presente nos lares brasileiros. É crescente,na última década, os crimes que se utilizam de publicações dos membros familiares devido a facilidade de se encontrar informações pessoais _ como imagens, textos ou até mesmo a localização. Dessa forma, fica evidente que a falta de bom senso e o controle do que se expor na internet está partindo de país e filhos de forma errônea na questão da proteção e responsabilidade com a família. 'Vivemos em tempos líquidos. Nada foi feito para durar.' A proferida frase do sociólogo Zygmunt Bauman, pode fazer analogia com o contexto atual das relações familiares. De forma negativa, o grupo familiar é atingido por relações efêmeras que se encontram fragilizadas devido a falta de dialogo e a facilidade de ações ocultas por conta de uma vida levada virtualmente . Essa dinâmica atinge diretamente a família, pois a ocorrência de fluxo de mensagens facilita a traições extraconjugais ou entre país e filhos quando à quebra de determinadas regras estabelecidas pelos responsáveis. No entanto, a tecnologia de informação é um advento que facilitou a aproximação de familiares que se encontram fisicamente ditantes. Com isso, é possível a manutenção da solidariedade familiar e auxilia que pessoas de variadas gerações possam ter acesso a esse tipo de oportunidade comunicativa. Mas, o que fica implícito nessa problemática é a questão da compulsão tecnológica que pode passar despercebido ou atingir todo o núcleo familiar devido a normalidade alcançada pelo uso de determinadas tecnologias, principalmente, de celulares. Diante da questão aqui apresentada, podemos inferir que a tecnologia de informação ao chegar nos lares teve mais aspectos negativos que positivos nas relações interpessoais entre seus membros. Cabe ao governo em parceria com escolas e a mídia criar palestras e campanhas que proporcione a educação virtual e estimule a auto análise de conduta familiar de país e filhos. Desse modo, não teremos a oportunidade de presenciar o lado negativo ao ver a fluidez da família, que em tese deve ser a base da formação humana.