No livro O Ateneu, de Raul Pompeia, a personagem principal conta sobre suas experiências dentro de um colégio interno, tipo de instituição educacional que é o oposto da tendência atual: o ensino a distância. Mais conhecido como EAD, ele vem proporcionando um maior acesso à educação de qualidade para os brasileiros, porém enfrenta desafios como a evasão estudantil. O ensino a distância surgiu como uma demanda da área educacional. Quando juntamos a ascensão da internet como meio de comunicação com a maior exigência de qualificação profissional, o aprendizado não presencial se torna uma resposta óbvia. Um grande exemplo são os cursos oferecidos pela faculdade UniJorge na cidade de Feira de Santana: apesar de estarem distantes dos grandes centros educacionais do nosso país, os moradores dessa região interiorana ganharam acesso ao ensino superior de qualidade. Tal processo, apesar de promissor, enfrenta obstáculos. Muitos educadores não acreditam na sua eficiência, assim como muitos estudantes demonstram dificuldades de adaptação. Além dessas questões, existe um claro problema principal: a evasão dos estudantes. O Censo EAD.br feito no ano de 2010 mostra que mais de 20% dos estudantes do ensino a distância oferecido por instituições públicas desistem do curso. Fica claro que esse sistema educacional é ameaçado por tais problemas e que precisa de solucioná-los para continuar crescendo. Portanto, medidas são necessárias para a resolução do impasse. As ONGs interessadas, como a Avante, devem promover propagandas nas grandes mídias e nas redes sociais; elas devem divulgar as qualidades do ensino a distância a fim de promover uma menor resistência perante sua aceitação. O Ministério da Educação, por sua vez, deve realizar estudos para descobrir as causas da evasão, assim como traçar planos juntos às instituições públicas e privadas para combatê-la.