Tema de redação: Os desafios do ensino a distância no Brasil
Redação enviada em 31/08/2016
A partir da Revolução Técnico-Científica, os meios de comunicação expandem-se e reinventam-se com aceleração sobremaneira, o que modifica relações nas mais diversas áreas da sociedade. Desse modo, observa-se na esfera educacional um crescimento na modalidade de Ensino a Distância (EAD) no Brasil, que utiliza a plataforma virtual para a aprendizagem. Contudo, como toda mudança, o EAD ainda tem dificuldades para ser aceito. Primeiramente, a grande barreira para o ensino a distância é o ensino tradicional. Tanto escolas quanto universidades costumam ensinar da mesma maneira que o faziam há décadas atrás e, por isso, possuem um enorme receio frente às novas tecnologias. Segundo essa perspectiva atrasada, o professor é o dono do conhecimento e irá, na medida do possível, transmiti-lo ao aluno. Sendo assim, já que o ensino tradicional não é moldado na troca de conhecimentos, o EAD, por dar mais autonomia ao estudante, é visto como negativo, já que o último não seria capaz de aprender sem seguir estritamente a metodologia do docente. Entretanto, não é isso que se observa. Atualmente, cresce o número de cursos preparatórios pré-vestibular (descomplica, projeto redação, biologia total e até mesmo o MECflix) que trocam conhecimentos com jovens e adultos de todo o país através de plataformas virtuais e transmissões interativas. Ou seja, é possível o aluno aprender quando obtém maior autonomia. Ademais, é de suma importância ampliar as modalidades de ensino, pois nem todos têm condições de comparecer às aulas presenciais. Por muito tempo, a educação, no Brasil, esteve restrita a uma pequena parcela da população. Hoje, o ensino básico encontra-se universalizado e as faculdades seguem pelo mesmo percurso. Todavia, em locais interiorizados e pouco urbanizados o acesso à educação básica de qualidade é difícil e à superior quase inexistente. Portanto, ampliar e melhorar o EAD está também ligado ao direito da educação de qualidade e à diminuição da desigualdade. Enfim, é imprescindível a adaptação à Terceira Revolução Industrial dos setores mais conservadores, como o acadêmico, a fim de possibilitar uma maior autonomia do estudante e ampliar o acesso ao ensino de qualidade a todos os brasileiros. Para tal, é necessário que o Ministério da Educação promova cursos de capacitação de professores para essa modalidade de ensino, além de criar plataformas modernas e acessíveis a todas as camadas da população. Além disso, é preciso difundir para a sociedade a possibilidade de efetuar esse tipo de ensino. Por conseguinte, o Governo Federal, em parceria com o Municipal, deve anunciar através das mídias, principalmente em cidades interiorizadas, as novas possibilidades de ensino.