É fato que o homem desenvolve novas técnicas mediante necessidades e que, nos mais diversos âmbitos, as evoluções tecnológicas se intensificam a fim de facilitar a vida moderna. Nesse contexto, encontra-se a educação a distância, ferramenta importante para a democratização da educação brasileira e ainda lesada por desafios como: problemas estruturais e a resistência social ao novo. A priori, constata-se que a distribuição de matrículas em EAD pelo território brasileiro é heterogênea e concentra-se, de acordo com a Associação Brasileira de Educação a Distância, nas regiões sul do país. Nesse sentido, nota-se o caráter desigual tangente à educação, posto que as áreas menos desenvolvidas estruturalmente como Norte e Nordeste permanecem isoladas e não representam juntas, sequer, 10% das matrículas. Tal quadro, por sua vez, deve-se ao fato de que a internet ainda não espalhou-se de forma homogênea nas supracitadas regiões e, consequentemente, impede que o EAD impere, haja vista que esse é, majoritariamente, pautado em recursos tecnológicos. Além disso, a resistência social ao EAD ainda configura-se como outro obstáculo a ser vencido. Segundo Einstein, “é mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito”. Sendo assim, as impressões populares sobre o ensino a distância tornam-se problemáticas, uma vez que impedem a plena adesão ao projeto pela falta de aceitação de professores e alunos habituados a aulas presenciais. Por conseguinte, diversas pessoas com realidades distintas acabam deixando de ter uma formação acadêmica pela impossibilidade de se dirigir até os centros acadêmicos e, portanto, de assistir aulas presenciais. De modo exposto, é necessário findar os desafios acerca da educação a distância no Brasil. Para tal, é imperioso que o Governo Federal, por meio do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, crie um projeto em parceria com instituições privadas do setor tecnológico com o intuito de homogenizar o acesso à internet no Brasil a partir da interiorização das redes pelo território nacional. Ademais, é imperativo que o Ministério da Educação, com palestras e campanhas ministradas por representantes do EAD no Brasil, desmistifique e explique as reais condições do ensino não presencial com o objetivo de extinguir as desconfianças populares e, finalmente, tornar a educação realmente democrática.