Ao longo dos anos, as tecnologias vêm sendo incorporadas nos mais diversos setores da sociedade. No âmbito acadêmico, elas possibilitaram o surgimento da modalidade de ensino EAD (Ensino a Distância), permitindo maior flexibilidade nos estudos em comparação ao modelo tradicional presencial. No entanto, há muitos desafios a ser superados para que esse novo modelo, de fato, cumpra seu papel de levar um ensino de qualidade a todas as regiões do Brasil. É notório observar que, as instituições que oferecem o ensino a distância estão ganhando maiores espaços no meio acadêmico, disponibilizando cursos nas diferentes áreas do conhecimento, como é o caso da Universidade Norte do Paraná - UNOPAR que, além da sede em Londrina, dispõe de pólos em todo o país. Todavia, há uma resistência por parte de educadores, principalmente nas áreas de saúde e engenharias, quanto a qualidade e eficácia na formação de estudantes, uma vez que, esses cursos exigem uma elevada carga horária de aulas práticas e estágios que, muitas vezes, não são oferecidos no EAD. Apesar de as novas tecnologias possibilitarem uma flexibilidade aos alunos em relação aos horários de estudos e acesso a plataforma online com aulas gravadas, o deficitário apoio pedagógico aliados a falta de incentivos a iniciação científica dificulta a adaptação e permanência de estudantes no sistema EAD. Segundo o censo da ABED (Associação Brasileira de Educação a Distância), o índice de evasão em 2014 foi de, aproximadamente, 25%. Nesse sentido, destaca-se que, as instituições de ensino a distância devem apresentar um programa mais diversificado, incluindo aulas práticas e estágios mais intensos na matriz curricular dos diversos cursos, nas diferentes áreas do conhecimento. Através do treinamento e formação continuada aos profissionais que atuam diretamente no processo pedagógico possibilitem um apoio mais consistente, de forma que a garantir a adaptação e permanência dos estudantes. Por fim, essas instituições, em parceria com a CAPES, mediante projetos, devem estimular a iniciação científica. Desse modo, com flexibilidade nos estudos associado a um eficiente apoio pedagógico e estímulos a iniciação científica é possível romper as barreiras que distanciam os ensinos presencial e a distância, possibilitando a distribuição de conhecimento de qualidade em todo o país.