Durante a Guerra Fria, período no qual os EUA e a URSS dominaram a bipolaridade mundial, várias disputas ideológicas e tecnológicas foram travadas. Em relação ao entrave tecnológico, é notório enfatizar a criação da “intranet” que, anos mais tarde, seria o embrião da internet. Devido ao processo de globalização, a internet se disseminou pelo mundo e, com isso, teve seu uso atrelado à rotina da população. Na contemporaneidade, é importante destacar o seu uso em plataformas de ensino. Contudo, a questão do ensino à distância (EAD) no Brasil do século XXI deve ser analisada, visto que enfrenta desafios. Em primeiro lugar, é imprescindível observar a situação de evasão dos estudantes do EAD. Por se tratar de uma ferramenta nova, essa plataforma ainda não é vista com seriedade pelos estudantes. Além disso, essa nova modalidade de ensino é responsável por criar uma conjuntura diferente no ambiente de estudos: trata-se da transformação do aluno passivo a ativo no processo de aprendizagem. Dessa forma, desacostumados com a ausência da pressão rotineira exercida pelos professores, os estudantes abandonam ou, ainda, nem iniciam o curso. Essa situação é comprovada com os dados do relatório do “Censo EAD.br 2010", que diz ser a evasão dos alunos o principal desafio do EAD no brasil: 59 cursos, de um total de 83, enfrentam esse problema Somado a isso, a novidade da ferramenta também é responsável por causar resistência dos próprios professores, contexto que também deve ser analisado. Dados do relatório do “Censo EAD.br 2010” mostram que as incertezas dos educadores quanto ao uso da ferramenta são o segundo maior desafio do EAD nos país. Nota-se, nessa conjuntura, as dúvidas em relação a qualidade do ensino pela plataforma. Todavia, uma pesquisa encomendada pela “Hoper Educação” demonstra que o EAD deve crescer mais de 10% em 2016. Logo, com a propagação da plataforma, ela evoluirá em virtude do aumento de pesquisas vinculadas ao seu aprimoramento e, assim, não oferecerá esse problema no futuro. Fica claro, portanto, que a modalidade de ensino em questão enfrenta desafios por se tratar de uma novidade. Para solucionar esses problemas, o Governo Federal deve, em parceria com os Estados, incentivar a criação de novos polos universitários que utilizem a ferramenta, com o intuito de atrair mais pesquisas ao aperfeiçoamento dela. Não sendo isso suficiente, os Estados devem criar cursos profissionalizantes para que os professores se sintam mais seguros com o uso do novo recurso. Dessa maneira, as pesquisas atualizarão constantemente a plataforma e os cursos, oferecidos pelo Estado, diminuirão a resistência dos educadores