Segundo a Constituição Brasileira de 1988, a educação é um direito fundamental do cidadão, uma vez que é por meio dela que se torna possível adquirir conhecimento e senso crítico. No início do século XX, inaugurou-se um novo modelo educacional no Brasil, feito a distância, por meio de correspondências e, posteriormente, por rádios. Atualmente, essa forma de educar é realizada por intermédio da internet, advento da globalização. No entanto, esse modelo enfrenta oposições. O Ensino a Distância (EAD) possui como um dos principais opositores a resistência dos alunos e dos educadores. Apesar da lei de 2005, que regulamenta o EAD no Brasil, expressar claramente que a qualidade é garantida tanto quanto a do ensino presencial, muitas pessoas julgam que há uma desqualificação do profissional. Entretanto, atividades que necessitam da assiduidade do educando continuam presenciais, como aulas práticas laboratoriais, avaliações, apresentação de trabalhos de conclusão de curso e estágios. Algo que pode explicar o julgamento popular acerca do EAD é a questão cultural brasileira, que habituou com o contato direto entre o professor e a turma. Outro fator desafiador para o EAD é a exigência de tecnologias de qualidade. Como nem todos possuem acesso a elas, muitos desistem desse meio de qualificação profissional. Contudo, para quem mora longe de centros universitários ou possuem horários irregulares, devido ao trabalho ou afazeres domésticos, é um meio muito atrativo por ser versátil, mas que ao mesmo tempo exige disciplina e comprometimento do aluno. Ademais, o EAD é uma maneira de levar educação a áreas interioranas, além de possibilitar uma formação profissional a pessoas que não possuem condições de pagar por um curso presencial, uma vez que aquele possui um menor custo financeiro comparado com este. Percebe-se, assim, que o EAD ganha importância à medida que ganha qualidade. Cabe aos centros que oferecem esse tipo de ensino criar campanhas publicitárias desmistificando a imagem que muitos possuem de um profissional despreparado para o mercado de trabalho. Ao governo, cabe criar centros culturais que ofereçam à população tecnologias suficientes para atender àqueles que cursam a distância e não possuem instrumentos capazes para tal. Por fim, o Ministério da Educação deve ter maior rigor nas fiscalizações dos locais que oferecem o EAD e aprovar apenas os que dispuserem de maior qualidade para uma formação acadêmica de bom nível.