Tem se tornado comum pensar em ensino a distância e logo associá-lo à sua expansão no Brasil. Entretanto, à medida que esta modalidade se expande, os desafios também surgem. A garantia da qualidade do ensino e a aceitação pela sociedade são exemplos desses desafios. Há uma grande preocupação com a formação acadêmica hoje, afinal o mercado de trabalho tem exigido bastante. Dentro desse contexto, algumas empresas retém certa discriminação na hora de contratar pessoas com este tipo de diploma, embora isso não aconteça com frequência. Quem contrata teme que a base deste ensino não seja qualificada e acabe comprometendo o desenvolvimento da empresa. Afinal, o ser humano é aquilo que a educação faz dele, segundo Immanuel Kant, portanto, se a educação for ruim, a tendência é que o homem tenha um déficit educacional. Vale ressaltar que surge também um preconceito por parte de acadêmicos que utilizam o ensino presencial. Um exemplo disso foi a indignação, manifestada nas redes sociais, gerada devido a um site educacional oferecer cursos online de atualização em enfermagem. Isto gerou revolta, pois os estudantes alegam que é preciso ter certo contato com o paciente para, de fato, adquirir o conhecimento necessário à formação profissional – o que não é viável com o EAD. Portanto, medidas são necessárias para mudar o impasse. Cabe ao MEC fazer uma fiscalização mais rigorosa para garantir a qualidade do EAD, através da aplicação de exames que exijam, de fato, que os alunos tenham aprendido o conteúdo e saibam aplicá-lo. Ademais, as instituições de EAD devem oferecer uma parte de aulas presenciais para que os alunos da área de saúde, por exemplo, adquiram a experiência necessária.