Título da redação:

O Medieval e a Flexibilidade Contemporânea

Tema de redação: Os desafios do ensino a distância no Brasil

Redação enviada em 26/08/2016

Ao longo do processo de consolidação da Idade Média, do século V ao XV, houve a criação da estrutura de ensino superior - a universidade, perdurando esta até hoje. Nesse tempo, tal instituição era bem diferente da universidade conhecida hoje. Ela era, essencialmente, limitada, sendo composta de um curso único, que ensinava matemática, artes, filosofia e linguagens. Nos seculos recentes, o estudante ganhou um leque maior de disciplinas no qual poderia cursar. Não obstante, nos dias atuais pode-se escolher até mesmo estudar a distância, permitindo o ensino superior para uma parcela da população que não tinha acesso a esse, seja por barreiras físicas ou econômicas. Entretanto, ainda há um elevado preconceito por esse método de ensino que se perdura por informações equivocadas repetidas e espalhadas pela população. É notável que o EAD (Ensino a distância) permite que mais indivíduos possam ter acesso ao ensino superior. Segundo o Art. 6º da Constituição Federal, todo cidadão tem direito à educação, porém, não é o que realmente acontece quando se encontra partes de macrorregiões brasileiras sem uma única universidade, como é o caso de cidades interioranas da Região Norte e a Região Centro-Oeste. Ademais, é importante ressaltar que o ensino a distância é mais economicamente favorável aos mais carentes, pois não há custos elevados para ambas as partes: corpo docente e corpo discente. Logo, é importante a ascensão desse método de ensino, uma vez que ele democratiza o ensino. Outrossim, embora o EAD seja favorável aos estudantes e às universidades, o preconceito velado representa um grande obstáculo à metodologia. De acordo com a Associação Brasileira de Educação a Distância (Abed), a resistência dos educadores e a resistência dos alunos configuram um grande impulso ao processo de evasão do curso ou da opção por sequer começar. Para muitos, o ensino a distância é mal visto pelos empregadores e pela sociedade, fazendo com que os estudantes optem por não começarem as suas graduações ou fazerem-as pelo método tradicional, quando disponível. Assim, faz-se necessário que o governo aplique métodos de conscientização em massa da população e dos educadores, explicitando que o método do EAD é tão eficiente quanto o tradicional. Infere-se, portanto, que a educação a distância no Brasil apresenta problemas de origens culturais e sociais. A fim de atenuar a problemática, o Governo Federal, por meio do Ministério do Planejamento, deve ampliar a quantidade de polos de ensino a distância no Brasil, sobretudo nas regiões onde há pouca ou nenhuma universidade. O Ministério da Educação (MEC) deve convocar congressos ministrados por defensores da metodologia, para que os educadores possam debater o tema e absorver melhor a ideia do ensino a distância como algo positivo ao desenvolvimento educacional do país. O MEC pode, ainda, trabalhar em consonância com ONGs de cunho educacional, como a ONG "Youth Opportunities", treinando pedagogos, que poderão realizar palestras abertas à população, com o objetivo de que essa trabalhe como uma atriz social, propagando a informação que recebera aos amigos e familiares. Dessa forma, o ensino a distância seria melhor aproveitado e a educação seria mais flexível, contrastando os períodos medievais.