Muito se tem discutido acerca do uso da internet como plataforma de ensino no Brasil. Diante de um momento em que as pessoas, de modo geral, mantêm-se 100% online, é válido investir em ferramentas educacionais. Contudo, existe inúmeros desafios enfrentados, tanto para o docente, quanto para o discente. Desse modo, é importante analisar os aspectos socioculturais do ensino à distância (EAD) afim de superar os entraves encontrados. É válido ressaltar, primeiramente, que o Brasil não é um país com histórico de investimento em educação de base. Com isso, a maioria da população cresce sem incentivo à cultura, a leitura, e ao tornar-se adulto, inicia a vida profissional sem uma formação qualificada. Com esse quadro aliado à evolução digital, muitos indivíduos buscaram o EAD como forma de ascensão pessoal e profissional. Sendo assim, inscrevem-se em cursos, seja de nível superior, seja em cursos livres, em busca de um certificado. No entanto, muitos discentes não possuem acesso pleno à internet e o hábito do estudo ativo, o que causa elevado índice de evasão. Em contrapartida estão os docentes que, em muitos casos, não possuem um espaço físico adequado para ministração das aulas, ocasionando desânimo e frustração em ambas as partes. É indiscutível, portanto, que os obstáculos encontrados em relação ao ensino à distância são diversos, e, apesar do elevado número de plataformas digitais existentes, o acesso faz-se limitado. Com isso, o governo deve investir na EAD construindo espaços com acesso à internet para pessoas de baixa renda, assim como, subsidiar instituições educacionais quanto a estrutura física. E estas devem promover encontros mensais com os alunos de graduação, para estreitar as relações e promover discussões de temas, havendo assim uma formação mais qualificada e consequentemente um estímulo à educação como um todo.