O Ensino a distância no Brasil tem mudado o modo de ensinar em diversos cursos: técnicos, continuados e de bacharelado, no entanto, o seu crescimento enfrenta grandes obstáculos. Isso se evidencia pelo preconceito de profissionais em aderirem a esse sistema de ensino em consonância a falta de acesso de grande parte da população a aparelhos de tecnologia e à internet de banda larga, essenciais para quem deseja estudar pela plataforma EAD. Muitos educadores ainda apresentam resistência quanto ao ensino a distância, principalmente, na área da saúde no qual necessita de aulas em laboratório. Para eles, o ensino presencial é mais eficiente que o ensino EAD. Contudo, segundo dados do INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais ), alunos de cursos a distância apresentaram melhor desempenho que alunos de cursos tradicionais no Exame Nacional de Desempenho de Estudante (Enade) dos últimos anos. Esse resultado revela a eficiência do EAD e demonstra que, mesmo o curso tendo aulas práticas, o ensino a distância pode ser utilizado para as aulas teóricas, sendo o curso semipresencial, e não afetando sua qualidade. Outrossim, no Brasil a população carente e regiões como Norte e Nordeste apresentam menor número de acesso à internet Banda Larga do que as demais regiões, segundo pesquisas recentes da Anatel (Agência Nacional de telecomunicações). Essa diferença advém do inicio da república, em 1889, com a valorização do café em detrimento ao da cana de açúcar, cuja região de produção era o nordeste brasileiro, que passou a ser desvalorizado e outras regiões como Sul e Sudeste passaram a receber maiores investimentos. Além disso, aparelhos como computadores e tabletes são caros, o que restringe o acesso dessa tecnologia à população mais pobre. Dessa forma, para que o EAD cresça necessita atingir toda a população e vencer as dificuldades de aceitação. Para isso, o MEC deve auxiliar as instituições de ensino na adesão dessa tecnologia, por meio do auxilio no financiamento de equipamentos e na capacitação de professores, para que eles possam compreender os benefícios do ensino a distância e como podem tirar melhor proveito dessa plataforma, uma vez que a resistência ao EAD pode vir da falta de conhecimento. Ademais, a Anatel deve exigir das empresas de telefonia, que elas melhorem os serviços prestados, dispondo de banda larga para toda a região brasileira. Isso pode ser feito por meio da aplicação de multas no caso do não cumprimento das normas. Além disso, elas devem disponibilizar planos de internet e aparelhos compatíveis com as classes sociais. Com isso, o EAD pode ter maior abrangência e auxiliar na educação de toda a população.