A tendência atual em relação à educação, como se percebe em todo o mundo desenvolvido, é de se modernizar e expandir as novas tecnologias ao ensino. Dessa forma, recursos como computador e internet, aliados à necessidade de se reformular e tornar mais inclusiva as instituições de ensino, promovem a ampliação maciça dos currículos de ensino à distância (EAD). Todavia, no Brasil, esse sistema ainda apresenta dificuldades e resistências, prolongando assim, o histórico de segregação e exclusão educacional neste país. Primeiramente, é importante analisar a estrutura educacional brasileira. Desde sua introdução no Brasil, o ensino superior, cujo próprio nome já demonstra algo que não é acessível a todos, sempre foi excludente e reservado às elites ou classe média abastadas. Assim, não é de se estranhar que a introdução do EAD crie estranhamento e resistência por parte dos meios convencionais de ensino, visto que, para além do fato de que o novo muitas vezes causa aversão, tal sistema rompe definitivamente com as dificuldades enfrentadas pelo povo para se conseguir instrução, proporcionando preço acessível, não necessidade de gastos com transporte. De igual modo, inclui-se não só aqueles que possuem baixa renda, mas também pessoas que, por razão de alguma deficiência ou dificuldade, dificilmente poderiam assistir a aulas presenciais. Além das dificuldades relacionadas à aceitação desse novo sistema, há também aquela relacionada à sua implantação de fato. Segundo instituições que utilizam do ensino à distância, as duas principais dificuldades desta metodologia são a grande evasão de alunos e a resistência dos próprios educadores. Certamente, é óbvia a explicação para o segundo motivo, tendo em vista o pouco tempo de vigência deste sistema, já a evasão em grande escala se dá por um processo de pouca comunicação entre alunos e professores, criando-se assim a possibilidade de fácil desligamento e pouco comprometimento efetivo entre as partes relacionadas ao processo pedagógico. Diante do exposto, percebe-se a necessidade de se ratificar o modelo EAD como equivalente ao sistema presencial. Para isso, é importante que esse seja estimulado pelo próprio Ministério da Educação, que visando aumentar o número de pessoas escolarizadas, deve criar propagandas e gerir propostas que proporcionem aos estudantes de baixa renda a oportunidade de se graduar sem ter que se deslocar ou arcar com altos custos. É importante também que se crie e proponha atividades curriculares que envolvam professores e alunos relacionados ao curso ministrado, visando estimular o sentimento de pertencimento do aluno em relação ao curso e consequentemente diminuir a evasão. Dessa forma, o Brasil em breve começara a de fato ter uma educação inclusiva e abrangente.