Desde o descobrimento, o Brasil possui atrasos em relação a educação, tendo sua primeira instituição de ensino após trezentos anos de colonização. Retardos como esse ainda refletem na realidade brasileira quando comparados com os países desenvolvidos, cujo ensino à distância (EAD) possui nível avançado. Assim, esse programa nacional encontra dificuldades tanto para sua implementação quanto pasa sua adesão. Primeiramente, o território brasileiro possui disparidade econômica e tecnológica entre as regiões. As zonas Norte e Nordeste do Brasil são, com início na economia cafeeira, as que menos recebem investimentos financeiros, além de possuírem, comumente, uma população de baixo poder aquisitivo, resultando na carência de tecnologias. O EAD é um sistema que necessita de duas ferramentas principais: computadores e internet. Essa desigualdade se comprova ao analisar a porcentagem de matrículas no EAD, na qual as duas regiões representam apenas 9% do total de inscrições segundo a Associação Brasileira de Educação à Distância. Dessa forma, inúmeras pessoas são afetadas pelos resquícios de uma economia defasada. Outrossim, o ensino à distância ainda sofre com a evasão dos alunos. Na maiorias dos casos, os indivíduos que procuram essa metodologia não possuem tempo para fazer a graduação presencial por diversos motivos, sendo um deles o emprego. Por ser um sistema que estimula o ensino individualizado, há a crença de que é possível aprender sem grande esforço quando, na verdade, é necessário uma atenção e dedicação, as vezes, maior que a presencial. Portanto, o acúmulo de tarefas gerado pelo trabalho e sua longa jornada dificulta a permanência dos estudantes, conduzindo à desistência do curso. Sendo assim, percebe-se que os empecilhos expostos distanciam e atrapalham o ensino à distância da população. Cabe ao Governo Federal construir ambientes informatizados com computadores e internet gratuitos no Norte e Nordeste brasileiro, permitindo que haja o acesso ao EAD pelas comunidades dessas áreas, aumentando no número de matrículas e de graduados. Além disso, é necessário que a mídia junto ao Ministério da Educação produzam propagandas que atinjam os meios de comunicação de massa explicando sobre o tempo médio de dedicação semanal para EAD, a fim de que a sociedade tenha noção das horas que deverão ser gastas para aprender e, desse modo, adequar à sua rotina. Essas medidas possibilitarão maior adesão à educação, evoluindo a graduação no Brasil.