Desde o surgimento da humanidade um dos fatores de maior importância para a evolução social é a capacidade de transmitir e assimilar conhecimentos pregressos. De início, nas civilizações tribais, a transmissão era feita de pai para filho. Na Antiguidade Oriental a educação passou a ter caráter elitista e assim se propagou ao longo da história, de filosófica na Grécia à cristã na Companhia de Jesus da Contrarreforma. Desse modo, os sistemas educacionais se moldaram à sociedade, evidência disso é a firmação da educação a distância na atualidade. A princípio, é valido salientar que a história da educação à distância é recente. Isso porque, esse método demanda de instrumentos que se desenvolveram após a Revolução Industrial como a eletricidade e os meios de comunicação em massa. O surgimento da indústria provocou a urbanização, reduziu o tempo disponível e levou a busca pela profissionalização de cada vez mais indivíduos. Em vista disso, o ensino a distância mostrou-se uma metodologia propícia à nova procura, principalmente, pelo desenvolvimento de tecnologias e da internet que flexibilizou a carga horária de estudos. No Brasil, a implantação de cursos na modalidade à distância se deu a partir do século XX com a implantação dos sistemas de comunicação como o rádio e a televisão. Assim, um dos pioneiros na área foi o Instituto Universal Brasileiro, fundado em 1941, que propagou o ensino, por correspondência, de cursos técnicos. No modelo televisivo o Telecurso 2000 se destacou, pois, auxiliou na formação de indivíduos que não concluíram o ensino fundamental e médio. Logo, esse sistema educacional se tornou mais democrático, pelos custos mais baixos e facilidade de acesso. Entretanto, o ensino a distância apresenta entraves que pode ser associado a dificuldade do aluno em se concentrar dentro do ambiente doméstico, demandando maior empenho pessoal. Além disso, a ausência de um mentor para tirar dúvidas, quando houver, também inibe o desempenho dos estudantes. Alia-se a isso, a resistência dos professores e do mercado de trabalho em aceitar a qualificação dos profissionais formados. Esse descrédito se dá pela falsa noção de que os cursos presenciais são mais completos, rigorosos e eficientes. Fica claro, portanto, que o ensino a distância é visto de forma errônea pela sociedade brasileira e deve ser melhor estruturado pois é uma competente ferramenta de ensino. Assim, cabe ao Ministério da Educação lançar mão dos recursos tecnológicos para facilitar o ensino a distância como aulas online, plantões de dúvidas por videoconferência entre outras. Ademais, deve-se instituir exames de qualificação, através das Secretarias de Ensino, desses cursos em geral, visando nivelar a qualidade e eliminar a desvalorização presente. Uma boa educação deve ser o fim independente dos meios.