Segundo Paulo Freire, a educação é o meio pelo qual promove melhorias sociais. Além dele, Marx e Engels disseram que ela é responsável pela emancipação do indivíduo e libertação das forças opressoras. Nesse sentido, a educação a distância tem cumprido esse importante papel, mas, por outro lado, a pouca conscientização e conhecimento de muitos desenvolveu vários obstáculos nesse meio inovador de promoção do ensino. Em primeiro lugar, a educação a distância tem trazido várias conquistas e melhorias para a sociedade. Por ser mais acessível e mais barata, uma vez que não requer o constante deslocamento e, por ter um maior número de alunos em comparação ao presencial, os custos do curso ficam reduzidos, esta modalidade facilitou o acesso ao ensino de qualidade, principalmente, para os menos favorecidos. Em adição, esse processo de ensino aprendizado tem crescido e acompanhado a evolução da sociedade. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca da metade da população e ¾ dos jovens possuem algum tipo de acesso a internet. Dessa forma, esse tipo de ensino tem visado o crescimento e a facilidade desse novo mundo com o intuito de ofertar um maior conforto e praticidade sem pecar na boa formação. Não obstante, é importante ressaltar que existem muitas barreiras para serem transpostas e fazer desse tipo de educação um sucesso. Mesmo sendo pouca as vezes que o indivíduo deve se deslocar aos polos, a distância deles, por vezes, acaba levando a evasão. Isso porque poucos são os municípios que oferta o suporte necessário para essas pessoas chegarem aos centros, de modo que eles são, relativamente, longe e, em sua maioria, localizados em grandes centros. Ademais, a desmotivação acaba sendo outro fator. Além dos laços de amizades, os quais contribuem para a permanência e persistência dos discentes, que são frágeis, o pouco reconhecimento da sociedade leva ao abandono dessa modalidade. Sendo assim, o estereótipo criado por grande parte da população, em que o ensino de qualidade, obrigatoriamente, deve ser presencial, leva a marginalização e a descrença até por aqueles que já estão inseridos, principalmente, no ensino superior. Fica evidente, portanto, que os desafios do ensino a distância no Brasil ainda são grandes. Para que isso mude, primeiramente, os municípios, através da secretarias de educação, devem ofertar o transporte ou uma ajuda de custo para o deslocamento, quando necessário, para os estudantes do ensino distância (EAD), independente do número de pessoas. Outrossim, a mídia deve trazer a discussão para dentro de programas, novelas, jornais, entre outros, a fim de minimizar ou acabar com esse preconceito e desenvolver cidadãos mais críticos. Por fim, unidades EAD podem promover a melhoria dos fóruns, salas de bate papo e grupos virtuais de amigos, por meio de inclusão de novas ferramentas como, por exemplo, videoconferências, com o intuito de combater a evasão através da aproximação dos alunos e fortalecimento dos vínculos afetivos entre todos. Só assim, as ideias de Freire, Marx e Engels poderão ser bem aplicadas.