É inegável que o número de Universidades embasadas no ensino a distância (EAD) cresceu exponencialmente nas últimas décadas no Brasil. Para quem tem dificuldades financeiras e de transporte, esse tipo de ensino é ideal. No entanto, há também pontos negativos, como a qualidade de formação reduzida, grande quantidade de evasões ― da ordem de 70 % ― poucas aulas de execução durante o curso, entre outros. Nesse sentido, vale destacar que, por esse tipo de formação ser algo novo, há uma desconfiança do setor empregatício quanto aos recursos humanos advindos do EAD, sendo para os formandos a inserção no mercado de trabalho mais difícil. Além disso, algumas outras características deste modo de ensino podem contribuir na diminuição de sua qualidade, a citar a falta de aulas práticas e da presença física do professor como ator do manejo de discussões e debates e da restrição das dispersões dos alunos. Também deve-se lembrar que, muito em função das ações do Governo Federal a partir de 2002, o índice de instituições gratuitas de Ensino Superior aumentou, bem como há uma maior facilidade de ser admitido nelas (cotas). Isso, as dificuldades de pagamento e os problemas no encaixe a esse novo modelo de conhecimento não presencial são umas das causas para o assombroso algarismo de 70% de evasão EAD. Em suma, infere-se que mesmo o ensino a distância tendo aspectos a melhorar, com a globalização da informação e predomínio da internet, ele é uma ótima via para capacitação profissional na atualidade. Vale ressaltar que alguns ajustes poderiam ser a inserção de mais aulas presenciais ― com práticas ― diminuição do preço do curso, contratação de docentes capacitados de outras Universidade (tradicionais), distribuição de bolsas de pesquisa e de cotas, entre outros, visando uma explosão na qualidade.