Título da redação:

A oneração da inovação educacional

Tema de redação: Os desafios do ensino a distância no Brasil

Redação enviada em 04/09/2016

A relação entre o EAD (Ensino a Distância) e a refutação social apresenta uma faceta histórica ligada à cultura nacional. Com a premissa de que há um único método de ensino confiável – o presencial, desenvolveu-se um comportamento obsoleto alicerçado na oneração e agrura de estudantes do EAD e no regozijo de mentes disseminadoras de um preconceito negligente, observados de forma incólume na sociedade brasileira. Desde o Período Imperial no Brasil, no século XIX, disseminou-se uma adoração ao bacharel, visto que ser alfabetizado e letrado eram sinônimos de ostentação e superioridade em um país cuja educação de qualidade era banalizada. O bacharelismo, por conseguinte, proliferou o ideal arcaico de que o ensino presencial é o fator determinante para a obtenção de profissionais qualificados, tornando-se o algoz secular do EAD. Contudo, o Ensino a Distância obteve popularidade no século XXI, surgindo como uma possibilidade de encurtar distâncias e diminuir dificuldades de forma tecnológica. A essencialidade de seu uso é observada através da redução de custos com transporte e moradia e no crescimento de profissionais do setor terciário no mercado de trabalho. O EAD é banalizado, pois acredita-se, ainda hoje, que a sala de aula é fator necessário no aprendizado, negligenciando a autonomia do estudante para aprender em qualquer outro ambiente, especialmente online. A cultura nacional prejudica a dispersão e ascensão do EAD em todo o país devido a um preconceito implícito, assentado na falta de informação acerca do ensino em questão. É necessário, pois, fomentar uma conjuntura social com parcimônia, desmistificando o EAD e sua funcionalidade e incentivando essa inovadora plataforma que visa a modernização do ensino atrelado à qualidade. Dessarte, é essencial que o Poder Legislativo formule leis de apoio ao EAD, incentivando instituições de ensino públicas e privadas a investirem em tal método. O Governo deve realizar, juntamente com o Ministério da Educação, projetos que auxiliem os estudantes de EAD, tais como bolsas de estudo e financiamento estudantil. Por fim, ONGs devem divulgar nas redes sociais campanhas institucionais que desmistifiquem o pensamento social sobre o EAD, cessando, paulatinamente, a incolumidade de um ideal obsoleto dos tempos imperiais.