Título da redação:

A Modernização do Ensino

Tema de redação: Os desafios do ensino a distância no Brasil

Redação enviada em 12/09/2016

A educação no Brasil, de forma geral, enfrenta impasses devido às decorrências dessa seguir um modelo proveniente do século XIX, com professores do século XX, e alunos do século XXI. Dessa maneira, tendo em vista a necessidade de modernização do sistema educacional, para adequar-se às peculiaridades dos novos tempos e aos novos desafios, o ensino a distância é um modelo que há de ser bem vindo e discutido. Entretanto, esse é, ainda, incipiente no Brasil e enfrenta resistências, tornando-se imperioso o seu desenvolvimento. É necessário pontuar, de início, que há diferentes tipos desse ensino e que esses devem, então, serem vistos em suas peculiaridades. Há o ensino a distância de conteúdos referentes ao ensino médio e a prestação de vestibulares, que são, na maior parte dos casos, utilizados como um complemento escolar ou uma alternativa aos cursinhos preparatórios, para quem já concluiu o terceiro ano do médio. Esses sofrem menos resistências, uma vez que o “homeschooling”, no Brasil, é pouco expressivo e com empecilhos legais, sendo o modelo em questão, inclusive, incentivado pelo MEC, que recentemente instituiu um programa denominado “A Hora do Enem”, que disponibiliza vídeo aulas e aulas interativas online. Dessarte, conclui-se que, nesse caso, o ensino a distância vem sendo modernizado e planejado, demonstrando-se que, com a vontade do Estado, é possível a diminuição de alguns imbróglios para a estabilização desse modelo, impactando positivamente a educação nacional. Entretanto, no que concerne ao ensino superior, esse modelo, que é novo, há ainda de brigar por espaço e reconhecimento, ganhando a confiança de alunos, professores e empregadores. O modelo clássico de educação universitária remonta a Idade Média e persiste até os dias de hoje, sendo, então, um dos motivos da resistência e preconceito com o ensino que substitui um local físico de aprendizado, modalidade cristalizada na cultura ocidental. É imprescindível, portanto, ressaltar que o que importa é o conteúdo, e não o local em que esse é dado, afim de se descontruir paradigmas que não se mostram empiricamente verdadeiros, como o de que a qualidade das aulas são piores e que forma profissionais ruins. Não obstante, a mudança dessa mentalidade é tão importante quanto o desenvolvimento e melhoramento desse sistema, visando a modernização educacional do país. Depreende-se, portanto, que somente com a coalizão do Estado com a iniciativa privada será possível enfrentar os desafios abordados. Cabe ao MEC a função desmistificadora desse ensino, propagandeando a possibilidade de sua realização a todos, subsidiando bolsas aos com menor renda, além de continuar o desenvolvimento de programas como o “A Hora do Enem”. Ademais, o capital estatal e o privado podem se unir em busca do melhoramento desse ensino estabelecendo pesquisas para averiguar onde pode haver problemas e o que fazer para melhorá-los. Assim, será possível que o ensino no Brasil esteja mais adequado ao seu contexto sociocultural.