Com a revolução tecnológico-cientifica iniciada nos anos de 1970 diversas alterações ocorreram no planeta. Uma delas foi o surgimento de novas alternativas para o desenvolvimento do processo pedagógico e educacional de estudantes no mundo todo (ou quase): A internet e o ensino a distância, que proporcionaram o surgimento de cursos de ensino superior nesta modalidade e, mais recentemente, de professores Youtubers, que disponibilizam aulas gratuitas na internet, como Paulo Jubilut (Biologia) e Rafael Procopio (Matemática). Todavia, apesar de promissor, o ensino a distância é uma conquista almejada por grande parte da população brasileira, que, ainda hoje, se encontra à distância do ensino e das tecnologias. Um reflexo disso é a taxa de matrículas feitas em cursos a distancia nas diferentes regiões do Brasil. Segundo a ABED (Associação Brasileira de Educação à Distância), apenas 1% das matrículas feitas nesse tipo de curso são na região Norte, fato ratificado pelas taxas de analfabetismo, acesso à internet, educação básica e superior, que ficam entre as piores da nação. Portanto, não somente de um único desafio se constrói esta missão, mas da implantação conjuntural de uma tríplice delas: Acesso à internet e tecnologias, melhoria na infraestrutura da educação básica e politicas que incentivem a erradicação do analfabetismo. Entretanto, embora essa tríplice problemática seja um empecilho na implantação desta nova forma de ensino, a precariedade e a falta de um controle rígido por parte do MEC em relação à ministração e qualidade dos cursos à distância (e também presenciais) é mais um problema que afeta negativamente a qualidade dos próprios. Afinal, como realizar as atividades práticas relacionadas a uma determinada área em um curso como, por exemplo, Engenharia? Portanto, a melhoria e implantação de leis rígidas que regulamentem o EaD, ou até mesmo imponham para alguns cursos a obrigatoriedade do semi-presencial é um fator importante para o triunfo de tal método. Desta forma, como dito anteriormente, é de suma importância que o Ministério da Educação e Cultura invista em processos de “rigidificação” das leis relacionadas ao ensino a distância para que, assim, a população que possui acesso a esses serviços possua um avanço qualitativo nas aulas. Além disso, e, principalmente, o governo deve incentivar programas de inclusão tecnológica e social, para que mais pessoas tenham acesso a estas ferramentas, além de, também, continuar com os programas de combate ao analfabetismo, entregando à população, desta forma, a ferramenta mais importante para qualquer tipo de ensino: A educação básica.