Durante a Segunda Guerra Mundial, o líder nazista Adolf Hitler propagava aos seus liderados a ideologia da "raça ariana", ou seja, o pensamento de que os alemães obtinham supremacia entre os povos da época, por conseguinte muitos nazistas condenavam e exterminavam diversos grupos sociais como judeus, deficientes físicos, ciganos entre outros. De modo similar, hodiernamente, o bullying é o ato de opressão de uma pessoa a outra por considerar-se superior. Diante deste cenário ímprobo, cabe avaliar os fatores que favorecem este quadro. Na Grécia Antiga, onde surgiram as primeiras teorias educacionais, as escolas acreditavam que a educação é um elemento fundamental para o crescimento de uma sociedade aprazível, e, por isso, o cerne principal das instituições educacionais gregas era a formação do caráter do indivíduo. Sob essa perspectiva, é evidente que a problemática do bullying nas escolas está intrinsecamente relacionada à ausência de investimentos para a construção de pessoas que respeitem as diferenças dentro das salas de aula. Destarte, muitos estudantes que se sentem superiores a outros praticam atos ofensivos o que pode desdobrar-se em complicações psicológicas ou físicas às vítimas. Ademais, faz-se mister salientar a ausência de denúncias das testemunhas do ato como fator motivador do dilema. No livro "Cegueira Moral" do sociólogo Zygmunt Bauman, o autor afirma que os conflitos ocorrentes na modernidade vêm da indiferença para com o seu semelhante. Diante do exposto, é evidente que estes atos preconceituosos nas escolas permanecem devido ao silêncio de outros estudantes que estão cientes de diversos casos, contudo não denunciam à direção escolar ou aos pais da vítima. Logo, medidas são necessárias para resolver o impasse. Como já dito pelo pedagogo Paulo Freire, a educação transforma as pessoas e essas transformam o mundo. Portanto, o Ministério da Educação (MEC) deve promover dentro das escolas, palestras ministradas por psicólogos educacionais sobre as consequências do bullying no desenvolvimento da personalidade da vítima com a finalidade de alertar os alunos sobre a gravidade dessa prática hostil. Além disso, o Governo Federal precisa organizar campanhas publicitárias por intermédio dos diversos meios de comunicação com o intuito de conscientizar cada testemunha sobre a relevância de realizar denúncia a fim de que haja a construção de uma sociedade mais integrada e com empatia.