Título da redação:

Não é brincadeira de criança!

Tema de redação: Os desafios do bullying nas escolas

Redação enviada em 30/10/2017

A atual cultura que segmenta grupos minoritários serve de base para práticas discriminatórios e agressivas, como o Bullying que compreende agressões intencionais, verbais e físicas, entre colegas. No mês de outubro de 2017, a prática foi o motivo para um jovem, de apenas 14 anos de idade, utiliza a arma de fogo para retirar a vida de dois colegas de classe. O caso reflete o problema das agressões, seja de competência da instituição escolar que, muitas vezes, enfrenta o problema como “brincadeira de criança” ou ainda, das consequências emocionais devastadores para a vítima e para o agressor. Segundo a psicóloga Aline Beckmann, “ os impactos do Bullying são semelhantes e até superiores a violência doméstica”, isto é, influi severamente na saúde emocional das crianças e jovens. Por conseguinte, também compromete seu rendimento escolar, visto o ambiente hostil que a vítima se encontra. Um exemplo é a retirada de dúvidas durante a aula que pode resultar em zombaria dos colegas. Contudo, o Bullying é uma via de mão dupla e traz sérios comprometimento para o agressor, como uma personalidade violenta, déficit emocional e baixo rendimento escolar. Normalmente, o jovem adquirir tal comportamento a partir de violências domésticas e desestruturação familiar que repercutem da infância até a vida adulta. Outra face do problema é o papel da instituição escolar que, às vezes, se encontra com falta de profissionais de assistência estudantil e professores com carga horária exaustiva, o que distancia a instituição no papel contra o Bulying. Desta maneira, é triste ter que ver tragédias, como em Goiânia, para saber da gravidade do problema. Pois saber que o futuro espera por jovens instáveis emocionalmente, vítimas e agressores, provenientes do descaso da escola para com o problema não é fácil. Assim, faz-se mister o papel do Ministério da Educação junto com o Ministério da Saúde, em realizar campanhas para conscientização e prevenção do Bullying, mostrando suas consequências deletérias. Além do mais, o governo pode agir provendo, por meio de concursos, profissionais para dar assistência ao estudante e psicólogos para tratar as agressões sofridas. Pois cuidando das crianças de hoje, cuida-se do futuro do Brasil.