A violência, seja qual for a maneira que se expresse, será sempre uma derrota. A frase de Jean-Paul Sartre, trazida para o contexto brasileiro, revela que a triste forma de agressão mais comum nas escolas precisa ser combatida. Isto porque o bullying cresce em detrimento da lacuna deixada pela educação e da falta de acompanhamento familiar. Em primeiro lugar, é importante entender que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar possibilidades para a construção do mesmo, como expressa Paulo Freire. O Escritor defendia o papel transformador da educação, entendendo que ela é maior que uma simples passagem de conhecimento científico. No entanto, o Brasil falha no que tange o papel das escolas, pois, há pouco uso da mesma como ferramenta de mudança social. Este fato acarreta em uma lacuna que é preenchida, pelos alunos, com racismo, preconceito e outras formas de violência que, quando direcionadas à uma pessoa específica de forma constante, torna-se bullying. Em segundo lugar, corrobora com o problema o fato da desconexão família-aluno-escola. A partir disso, observa-se que a falta de conexão por parte da família é inaceitável. Uma vez que isto origina ambiente ideal para ocorrência do bullying, visto que os pais não ficam sabendo se seus filhos estão sendo agredidos ou, até mesmo, sendo agressores. Além disso, sem um contato íntimo com os genitores e com a escola para revelar o que passam, as vítimas tendem a entrar em depressão e, consequentemente, abandonarem os estudos. Fica claro, portanto, que ações são necessárias para combater o problema. Para tanto, cabe ao Ministério da Educação em parceria com cada estado desenvolverem e intensificarem a função sócio transformadora das escolas, por meio de aulas sobre ética, moral, direitos humanos e respeito ao próximo. Ademais, a família necessita juntar-se às escolas no combate, por intermédio de maior acompanhamento das crianças e comparecimento nas escolas de forma intensa, e não apenas em reuniões. Dessa forma, o combate será efetivo.