Brincadeiras e piadas são atos comuns ao meio escolar, entretanto, quando elas assumem caráter ofensivo e preconceituoso, tornam-se prejudiciais a vítima. Infelizmente, a prática do “bullying”, já se tornou frequente nas instituições de ensino, expondo a falta de empatia e respeito que tem se perpetuado na sociedade contemporânea. Ademais, é contraditório que, mesmo em um estado democrático, haja uma persistente discriminação. Para o sociólogo Francês Émile Durkheim, a principal função do professor é formar cidadãos capazes de contribuir para a harmonia social, dessa forma é fundamental a presença e a intermediação do professor junto ao apoio do profissional de Psicologia, a fim de solucionar essa problemática, por meio do acompanhamento semanal do indivíduo dentro da escola e a comunicação com os responsáveis. Todavia, essa questão deve ser abordada também pela família, uma vez que o jovem pode estar refletindo um comportamento que acontece em um ambiente próximo a ele. É importante frisar, as consequências psicológicas causadas, pelo “bullying”, como ansiedade que gera quadros de aceleração da frequência cardíaca, dilatação das pupilas e descontrole respiratório, incorporado ainda a fatores emocionais que geram a introspecção, na qual a vítima se torna reclusa e tem medo de socializar com outras pessoas, dificultando assim as suas relações futuras ligadas ao mercado de trabalho. Urge, portanto, a necessidade de intervenção do Ministério da Educação, em conjunto as mídias sociais e televisivas, que devem realizar campanhas de conscientização, por meio de debates públicos e na internet. Além disso, as escolas podem oferecer palestras para os jovens e suas famílias com psicólogos para explicitar os danos à saúde mental da pessoa, ademais, o treinamento profissional dos professores para lidar com esse tipo de prática é essencial. Dessa forma, conseguiremos uma reflexão coletiva sobre essa questão, a fim de erradicar o problema e tornar a sociedade mais tolerante.