Em meados do século XX em uma de suas viagens ao Brasil, o escritor austríaco Stefan Zweig, escreveu um livro cujo título até hoje é repetido; "Brasil, país do futuro". Entretanto, com a atual deficiência em combater o bullying nos colégios nacionais, percebe-se que a profecia otimista de Zweig não saiu do papel, e que é preciso solucionar a problemática. A principio, percebesse que essa circunstancia deve-se a questões político-sociais, uma vez que, a partir da impunidade, em relação aos atos que manifestam o bullying, e seu combate menosprezado e minimizado, os agressores continuam praticando o bullying hereditariamente, principalmente nas escolas onde a certeza de impunidade lhes geram uma zona de conforto, infelizmente a grande maioria não o veem o bullying como uma agressão seria, e sim como uma brincadeira entre colegas. Outrossim, vale ressaltar, que essa situação é corroborada por fatores socioculturais, como Cléo Fante disserta em seu livro, "Fenômeno Bullying", exemplificando que o ato pode ocorrer em qualquer contexto social, e afetar emocional e fisicamente o alvo da ofensa de tal maneira, que ele opte por soluções trágicas como o suicídio. Dentro dessa logica, podemos citar a serie 13 Reasons Why, que aborda de forma sucinta, as consequências geradas por este ato, na seriação a estudante Hannah Baker acabou cometendo suicídio devido ao exacerbado bullying que sofria no colégio, e antes de suicidar-se, deixa uma caixa com fitas cassetes, e instruções de uso, pedindo que cada uma, seja entregue às pessoas responsáveis por ela ter cometido o suicídio. Longe da ficção o Brasil carece da mesma premissa, e necessita de medidas que atenuem esse fato social, uma vez que as pessoas vitimas de bullying, geralmente se sentem desamparadas, não tendo onde recorrer. Portando medidas são necessárias para combater o impasse. É imprescindível que a justiça brasileira seja eficaz, por isso, o poder Legislativo deve elaborar uma lei especifica contra o bullying, tal que garanta a punição para aqueles que cometem tal ato depreciativo. Outrossim, o MEC em parceria com as escolas, deve promover palestras e debates aos alunos, ministradas por profissionais da educação, sobre o respeito as diferenças, em convivência na sociedade, de tal forma, que ultrapasse o viés preconceituoso do passado. Logo, poder-se á construir um futuro que Zweig pudesse se orgulhar.