No Brasil, a dinamização do bullying tornou-se percursora de inúmeras barreiras que acabam dificultando sua extinção, entretanto, as escolas têm sido o principal cenário deste tipo de agressão. Dados mostram que 70% dos estudantes já tiveram contato com o bullying dentro do ambiente escolar, e desta porcentagem, 21% foi presenciado dentro das salas de aula. Por acontecerem em ambientes do cotidiano, as agressões passam a ser frequentes, porém, a prática deste tipo de descriminação é vista pela maioria como “coisa de criança”, e em muitas vezes acaba sendo ignorada por parte de famílias e escolas, fazendo com que a vítima acabe se anulando, e até mesmo sentindo-se culpada. Logo, as consequências dificilmente serão positivas, resultando em diversos problemas para a vítima, como depressão, ansiedade, crises de pânico, autoflagelação, e em casos mais extremos, o suicídio. O modo de abordagem pode ocorrer de diversas maneiras, como apelidos, exclusão de grupos, inferiorização, agressões verbais e até mesmo físicas. É notório que a ocorrência não se faz somente em ambientes físicos, mas também virtuais, o que se é chamado de cyberbullying. Nesta modalidade, o agressor se esconde por trás de uma tela de computador, fazendo com que se sinta mais encorajado e protegido. Para que a prática do bullying não se torne ainda mais desastrosa, é necessário que as intervenções ocorram de todos os lados. Faz-se necessário que profissionais da educação sejam auxiliados, por meio de palestras, a como lidar como o bullying no ambiente escolar, além disso, a instituições de ensino devem promover gincanas entre os alunos, fazendo com que ocorra uma maior integração entre estes. Por fim, é necessário que haja acompanhamento psicológico para o agressor, vítimas e famílias, bem como a monitorização na vida digital das crianças.