Intimidar, ameaçar e amedrontar são alguns dos verbos mais usados por alunos que inferiorizam outros em todos os colégios pelo Brasil. De agressões verbais, psicológicas, chegando às físicas o bullying se tornou um problema nacional. Por isso, é necessário, como afirmava Pitágoras, eduque as crianças para que não seja necessário punir os adultos. Dessa maneira, conscientizar todos envolvidos no processo educacional sobre a gravidade do assunto é fundamental. Primeiro é importante lembrar que o termo bullying já existe desde a década de 80. Sendo assim, pais que hoje afirmam que na sua época isso não existia estão completamente errados. Isso apenas mostra a falta de informação e reforça a importância de sua discussão. De maneira semelhante, usar da “sinceridade” cruel das crianças como desculpa para não correção quando essas se comportam mal ou zombam de algum coleguinha não é o caminho. Desde muito pequenos é essencial ensinar que existem diferenças e que todos merecem respeito. Uma maneira simples para isso é usar a sabedoria de nossos avós: “não faça com os outros o que não gostaria que fizessem com você”. Partir dessa máxima já causaria uma significativa redução nos casos de bullying nas escolas. Contudo, é importante mostrar aos pais que muitas vezes esse comportamento já pode estar ocorrendo dentro da casa dos agressores. Nesse sentido, os pais devem procurar ajuda de profissionais como psicólogos e orientadores, caso não consigam lidar com os problemas causados ou enfrentados por seus filhos nas escolas. Desmistificar, o uso desses profissionais no suporte às famílias é fundamental para resolução dos problemas. E como a escola é o primeiro contato social na qual todos se inserem, ter uma passagem feliz e segura garantirá maior estabilidade nas próximas etapas da vida. Fica claro, portanto, que o bullying ocorre há muito tempo e sua repressão é fundamental para garantir uma boa formação. Nesse sentido, as escolas devem criar palestras e debates sobre o assunto, além de disponibilizar um canal de comunicação para que todos possam denunciar casos de abuso nas escolas. Além disso, conscientizar as famílias é parte do processo. Para isso, a transmissão em rede nacional de uma ficção engajada sobre bullying, que complete tanto a visão do agressor e as origens da violência, quanto a realidade das vítimas e as implicações em seu futuro, ajudaria no combate e prevenção da pratica, pois, segundo Ann Johnson, ativista dos direitos humanos, o ódio tem sido a causa de vários problemas, mas, até hoje, ele não resolveu nenhum deles.