De acordo com Lair Ribeiro, a prevenção é a melhor forma de combater um problema. Sob essa ótica, é perceptível como a ausência de posicionamento tem tornado salas de aula em locais de constante ocorrência de atos como agressões (físicas e verbais) e demonstrações de "superioridade", que, mesmo em pleno século XXI, são tratados como meras brincadeiras. Nesse contexto, é primordial que o Estado, juntamente com profissionais escolares, busque desconstruir tais valores contraditórios. Em primeiro lugar é necessário levar em conta que, na maioria das vezes, a escola deixa de cumprir sua função. De acordo com a constituição de 1988, todo indivíduo deve ter acesso a educação, para que, entre outras coisas, possa ter a capacidade de formar seus ideais. Contudo, o ensino tem tido seu foco voltado exclusivamente para aprovar o aluno em vestibulares. Essa forma de educar, por sua vez, não estimula o adolescente a exercer sua ética e solidariedade, e, por tal motivo, leva muitos a praticar ações sem levar em conta o que podem causar no próximo. Em segundo lugar, é preciso considerar que, por mais importante que seja o papel do educador, a maioria dos valores vem do lar. Com um aumento de 28% nos casos de suicídio entre jovens, nos últimos 30 anos (segundo dados do G1), é perceptível que muitos responsáveis não tem cumprido seus papéis. Aliás, boa parte desses, por também considerarem esses atentados a integridade alheia como "brincadeiras", não procuram ajuda psicológica para seus filhos, independente desses serem vítimas ou agressores. Diante dessa "Guernica" educacional, é fundamental que o Governo Federal, por intermédio de ações afirmativas, passe a exigir a implementação de psicólogos nesse meio, além de estipular a adoção de matérias que estimulem a inclusão e o respeito mútuo. Outrossim, a mídia pode, por meio de campanhas, levar até os cuidadores a conscientização sobre essa realidade, de forma que esses possam estar capacitados para guiarem seus pequenos.