O termo “Bullying” é de origem inglesa e se refere ao ato de perseguir, atormentar e humilhar alguém, utilizando a violência física e psicológica como instrumentos de intimidação, causando intencionalmente o sofrimento e angústia ao outro. Tal prática é uma realidade antiga, no entanto, devido o crescente número de casos, passou a ser discutido e debatido recentemente. Dessa forma, tornou-se um dos grandes desafios a ser combatido pela sociedade brasileira, em que os pais e as escolas são os maiores protagonistas para o enfrentamento a essa conduta. É possível afirmar que o local de maior ocorrência do bullying é na instituição escolar, em que as principais vítimas e agressores são crianças e jovens. Essa ação, a qual se caracteriza por um problema social e moral, se contrasta com o verdadeiro significado do ambiente escolar que é de conscientização, interação é socialização. Sendo assim, isso revela a necessidade e urgência na criação de medidas que levem a reverter esse quadro de omissão, tanto por parte daqueles que observam e se calam, quanto na capacitação dos gestores para que eles possam saber lidar e afastar a diferenciação, depreciação e estigma social. Somando-se a isso, uma ilustração da necessidade de meios enérgicos para mudar esse comportamento, tem-se a triste história do menino Lucas, de apenas 14 anos que no dia 14 de novembro de 2015, decidiu tirar a própria vida, deixando por escrito uma carta relatando o bullying e o sofrimento vivido na escola. Esse fato traz uma séria reflexão a cerca da função da estrutura familiar em educar e restabelecer valores morais e essenciais, como respeito ao próximo, para que assim os filhos não venham se tornarem vítimas ou agressores. O psiquiatra e escritor brasileiro Augusto Cury, diz que o sonho da igualdade só cresce no terreno do respeito pelas diferenças. Nesse sentido, é preciso que as instituições sociais, sejam elas políticas, familiares e de ensino se mobilizem em prol do combate ao bullying que deriva das dissemelhanças. Com isso, as escolas devem buscar investimentos junto ao Ministério da educação, propondo projetos voltados á preparação de educares, de modo a saberem lidar e identificar tal situação, além disso, é imprescindível a implantação de uma central anônima para aqueles que se sintam ameaçados venham denunciar. Ademais, por meio do diálogo familiar é da observação comportamental dos pais com os filhos , será possível sanar esse drama social.