Motivados pelo desejo de se vingar dos colegas praticantes de bullying, dois alunos realizaram uma das maiores chacinas dos Estados Unidos, conhecida como “Massacre de Columbine”. Esse episódio revelou as consequências trazidas pelo ato de agredir, física ou verbalmente, colegas da mesma instituição, sendo a mais comum a escola. Além disso, demonstrou falhas no sistema pedagógico escolar, que acaba, muitas vezes, por ignorar o ato, levando à persistência dessa ação. O ato de discriminar, humilhar ou difamar alguém afeta emocional e fisicamente o indivíduo alvo da ofensa, visto que pode causar isolamento, queda de rendimento escolar, doenças psicossomáticas ou levar a um trauma que influenciará em sua personalidade. A persistência desse problema pode trazer inúmeras consequências irreversíveis, como o suicídio ou, como no caso de Columbine, uma vingança. Ademais, a falta de supervisão escolar contribui para a continuidade da prática, já que não há punição para os infratores. A falta de empatia é outro fator agravante, pois o agressor não se coloca no lugar da vítima, fazendo com que as provocações se tornem cada vez mais nocivas para a vítima. Assim, fica evidente que o combate ao bullying nas escolas não tem sido eficiente. Para que isso aconteça, torna-se imprescindível a colaboração da equipe pedagógica na escola, monitorando e punindo ações danosas. Outrossim, é necessário que o Ministério da Educação, em conjunto com o Ministério da Saúde, divulguem, por meio de propagandas através da mídia, as consequências, tanto para a vítima, quanto para o agressor, trazidas pela prática no meio escolar,a fim de reduzir os casos, pois, como disse o filósofo Immanuel Kant, “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”.