Pierre Bourdieu, sociólogo francês contemporâneo, disse que aquilo que foi criado para se tornar instrumento de democracia direta não deve ser convertida em mecanismo de opressão simbólica. Todavia, as escolas, por se tratarem de instituições sociais com grande fluxo de jovens e adolescentes, e, além de tudo, se mostrarem fundamentais na formação da sociedade hodierna, apresentam, atualmente, taxas elevadas de bullying, problema este que deve ser urgentemente erradicado. Por definição, bullying se trata de qualquer tipo de agressão (física e/ou psicológica) por parte do “bully” (termo em inglês para valentão) à vítima. Porém, tomadas as proporções, a prática do bullying pode ter consequências permanentes, como doenças psicológicas e, acima de todas, o suicídio do alvo, fato este que vem se tornando cada vez mais comum. Embora muitas vezes condutora de campanhas de conscientização, a escola ainda é o principal vetor à prática do bullying. Entretanto, se ultrapassadas as barreiras pedagógica, a prática muitas vezes se dá por meio da internet, mormente pelas redes sociais, no denominado “cyberbullying”. Trazendo à tona as sérias consequências do bullying, a mídia televisiva, por se tratar o principal veículo comunicativo que se tem atualmente, deveria portar-se de maneira mais ampla intrínseca sobre o assunto, por meio de abordagens reais e propagandas voltadas para tal. Outrossim, as escolas deveriam tratar a problemática de maneira mais efetiva, por intermédio da adoção de políticas preventivas ao bullying, como campanhas nas redes sociais, e, ademais, por meio do contrato de psicólogos, que ouvirão e a aconselharão vítimas e agressores, sendo esta uma ótima maneira de acabar com esse mal que assola a sociedade contemporânea, afinal, segundo Immanuel Kant, “O ser humano é aquilo que a educação faz dele”.