No clássico filme “Meninas Malvadas”, Regina George é tida como a rainha da escola e juntamente com suas duas amigas intimidam com ofensas e humilhações todos os seus colegas e até mesmo professores. Fora das telinhas, essa é uma realidade bem recorrente que afeta, dentre outros, o ambiente escolar. No Brasil, 70 por cento das crianças afirmam ter presenciado agressões entre colegas na escola, segundo dados do Centro de Empreendedorismo Social e Administração do Terceiro Setor. Essa situação é preocupante, e é causada principalmente pela falta de preparo de pais e profissionais ao lidar com o Bullying Escolar. Por muito tempo se pensou que trocar ofensas e intimidar ou ser intimidado por colegas no ambiente escolar era normal e apenas uma fase do desenvolvimento humano. Apelidos eram comuns e se popularizavam rapidamente, mesmo que ofendendo a pessoa a quem se referia. Atualmente, tal comportamento ainda é comum, e são poucos os professores com formação e perspicácia o suficiente para perceber quando uma brincadeira é na verdade agente de violência e exclusão. Quando, porém, o Bullying é percebido, são poucos os profissionais da educação que sabem como resolver a problemática de maneira correta tanto para a vítima quanto para o agressor, podendo causar danos psicológicos a ambos. O mal preparo dos profissionais da educação, contudo, não é o único agravante. A falta de uma conversa diária com as crianças e a minimização de seus problemas e sentimentos são agravantes desta violência. Muitos pais não conseguem identificar quando seus filhos estão passando por problemas na escola, negligenciando muitas vezes uma situação extremamente séria, já que o bullying pode prejudicar o rendimento escolar da criança e gerar, futuramente, problemas de cunho psicológico. Portanto, mudanças devem ser feitas para diminuir a incidência do Bullying na escola. Primeiramente, o Ministério da Educação juntamente com o Conselho Federal de Psicologia devem ministrar cursos para todos os profissionais da área da educação, munindo-os com a melhor conduta para o ambiente escolar, de maneira que os mesmos sejam capazes de identificar, intervir e prevenir corretamente novos casos de violência no centro acadêmico, minimizando os danos aos educandos em questão. Além disso, atividades diárias com as crianças, tanto nas escolas quanto em casa, frisando a importância e a beleza do respeito e da diversidade contribuirão para a formação de um Brasil mais livre e seguro para todos.