Nota-se, no contexto brasileiro, a existência de agressões físicas e verbais que são realizadas intencionalmente e repetitivamente por um ou mais alunos contra um ou mais colegas nas escolas do país, a qual se denomina como bullying. Desse modo, há um cenário de violência nas instituições de ensino, acometidos pelas crianças e adolescentes, os quais iniciam suas vidas em sociedade. Aliás, vale ressaltar que isso ocorre devido à falta de respeito à diversidade cultural entre os cidadãos infantojuvenil e à violência familiar vivenciada pelos praticantes do bullying. Em primeiro lugar, os colégios se limitam somente a ensinar os conteúdos da grade escolar curricular e não funcionam de forma efetiva como um gerador de comportamentos sociais. À partir disso, as crianças, quando são inseridas no ambiente escolar, são pouco incentivadas a respeitar a heterogeneidade cultural e evitam criar relações amigáveis com outras crianças que apresentam perfis diferentes do seu, o que propicia o bullying. Diante disso, nas palavras de Roseli Fischman, professora da Faculdade de Educação da USP, a história do Brasil mostra que as políticas públicas homogeneízam as escolas, logo, anulam as perspectivas de diversidade. Em segundo lugar, os filhos que possuem uma família desintegrada, desatenciosa ou até mesmo por ter um pai violento que agride a sua mãe pode desencadear o bullying e outras formas de violência. À vista disso, as crianças encontram na prática do bullying uma maneira de chamar atenção que seus pais não lhe dão e expressar seu desafeto e carência, ademais, entendem a agressão física ou verbal como algo comum, visto que vivenciam em casa frequentemente. Sendo assim, estima-se que mais da metade dos alunos já sofreram bullying, conforme o IBGE. Em consequência disso, a fragilidade social aumenta, uma vez que a autoestima das vítimas do bullying são diminuídas por se sentirem desprezadas, à medida que são motivos de chacota no ambiente escolar. Destarte, os casos de suicídios entre jovens também crescem, posto que a morte representa a fuga dos problemas para indivíduos que possuem depressão, doença atrelada à baixa autoestima, consoante a Organização Mundial da Saúde. Contudo, são necessárias medidas que promoverão ao cidadão infantojuvenil seu direito constitucional à vida digna. Portanto, as instituições de ensino em parceria com o Ministério da Educação devem promover feiras temáticas mensais no ambiente escolar para difundirem o respeito à pluralidade cultural e elaborar dinâmicas sociais entre os alunos no afã de integrar a convivência entre as diversas crianças e adolescentes. Aliado a isso, as famílias devem manter um convívio pacífico e apresentar a violência como algo danoso aos filhos. Assim sendo, a população estará livre dos casos de bullying no país.