‘’A vida imita a arte mais do que a arte imita a vida’’, essa famosa frase do escritor Oscar Wilde ilustra a crescente convivência de crianças e jovens com o bullying. Semelhantemente aos filmes, são cada vez mais noticiados os casos de agressões físicas e verbais em escolas, as quais prevalecem pela omissão da instituição e, quando não combatidas, causam distúrbios e até a morte da vítima. Em primeiro plano, a família desconhece a ocorrência do bullying com seus filhos. Analogamente à série ‘’Os 13 Porquês’’ do Netflix – que aborda as intimidações ocorridas na escola e suas conseqüências entre os jovens -, na vida real os pais tem muitos deveres e acabam não conversando com seus filhos sobre os problemas escolares. Diante disso, o indivíduo intimidado se sente sozinho, e pode desenvolver depressão, ansiedade e até cometer suicídio, como na série ‘’Os 13 Porquês’’. Além disso, as autoridades escolares desconhecem e/ou abnegam intimidações entre alunos. Em 2016 foi incrementada no Brasil o Programa de Combate à Intimidação Sistemática – lei de prevenção ao bullying -. Entretanto, a comunidade escolar desconhece ou não sabe abordar tais agressões, visto que a vítima muitas vezes não denuncia por vergonha ou medo do agressor. Assim, o agredido não sabe a quem pedir ajuda, se isola e aceita as intimidações que se intensificam. Portanto, a escola deve dar maior atenção ao bullying. Nesse sentido, deve haver reuniões entre professores, pais e alunos, visando à conscientização e o encontro de medidas para eliminar as intimidações na instituição. Ademais, o Ministério da Educação deve abrir um espaço na grade escolar, permitindo um horário de debate em classe sobre o tema e suas conseqüências, incentivando denúncias anônimas da vítima e/ou possíveis testemunhas. Destarte, os desafios do bullying permanecerão somente nas artes.