O bullying é caracterizado como uma violência que pode ser praticada com agressões físicas ou verbais e que traz consequências graves tanto pra vítima quanto para o agressor. Na contemporaneidade o bullying se caracteriza como um desafio a ser vencido pelas escolas, uma vez que para muitos especialistas se tornou uma doença crônica presente nas instituições de ensino. Para Cleo Fante, pedagoga e pesquisadora dessa temática no ambiente escolar, o bullying não distingue camada social e se faz presente em instituições de ensino público e particular do mundo inteiro. Ainda segundo a pesquisadora essa relação desestruturada e de intimidação dentro da escola refleti negativamente na vida adulta dos alunos. Nessa perspectiva, as formas de agressões são as mais variadas, indo de xingamentos, apelidos maldosos, histórias inventadas e espelhadas entre os colegas, divulgações de imagens comprometedoras das vítimas até agressões físicas. Outrossim, as consequências são graves para ambos os envolvidos. A vítima pensa em desistir de ir pra escola, baixa o rendimento nos estudos, pode desenvolver depressão e quando a situação perde o controle por completo pode matar o agressor ou agressores e posteriormente cometer o suicídio. Nesse viés, cabe ressaltar que na maioria dos casos de alunos que invadem a própria escola onde estuda, mata colegas e depois se mata está um histórico de exclusão e isolamento desse estudante decorrente do bullying sofrido. Já quem prática, também tem baixo rendimento escolar e pode se tornar um adulto frustrado com graves transtornos psicológicos. Fica evidente, portanto, que o Governo Federal por meio do Ministério da Educação deve inserir em todas as escolas do Brasil um Programa Educacional de Combate ao Bullying. Isso se dará, por intermédio das Secretarias de Educação dos municípios que quinzenalmente realizará debates e palestras sobre a temática com pedagogos e psicólogos em escolas públicas e particulares. Paralelamente, vítimas e agressores serão acompanhados por psicólogos e psiquiatras com a finalidade de conhecer a origem dos conflitos e assim ajudar os envolvidos. Ademais, a família deve também participar das palestras e quando necessário ter acompanhamento psicológico. Assim, o bullying deixará de ser uma doença crônica que persiste em existir nas relações dentro do ambiente escolar.