No filme “Carrie –A estranha”, ao sofrer inúmeras violências físicas e emocionais por seus colegas de escola, a personagem opta por uma solução violenta. Entretanto, nota-se que esse contexto não está presente somente nas telas de cinema, pois segundo uma pesquisa realizada pelas Nações Unidas com cem mil jovens e crianças em 18 países, evidenciou que mais da metade deles já sofreram algum tipo de discriminação ou agressão física e verbal, ocasionando uma alta taxa de problemas psicológicos, tal como, em casos extremos, consequências dramáticas. O bullying, sobretudo, se fundamenta no preconceito e na intolerância. À vista disso, além de um possível isolamento ou queda do rendimento escolar, nota-se que as consequências do bullying podem influenciar nos traços da personalidade da vítima, segundo especialistas da área. Paralelamente, observam-se situações extremas dos efeitos do bullying na sociedade, em que o emocional da vítima é afetado de tal maneira que ela opta por soluções trágicas como o suicídio ou represálias por meio de atos de violência, como o ocorrido em Realengo em 2011, em que o atirador Wellington invadiu sua antiga escola e vitimou mais de 20 pessoas, motivado por vingança às ocorrências de bullying sucedidas durante sua infância. A lei anti-bullying de 2016 tem por objetivo promover a prevenção e o combate a qualquer tipo de violência intencional, inclusive para o meio virtual como é nomeado o cyberbullying. Verifica-se, deste modo, que a problemática deste crime discorre muito além. Dessa forma, é preciso que o Poder Legislativo crie leis que punam rigorosamente casos que se relacione a este crime, tal qual, equiparar e fornecer acompanhamento psicológico por parte do Governo Federal às vitimas. Ademais, é imprescindível a atuação dos pais e professores ao notarem qualquer tipo de mudança no comportamento das crianças e adolescentes, bem como, por meio da mídia, evidenciar as causas e consequências do bullying, pois esta prática não é uma brincadeira de criança.