No livro “As Vantagens de Ser Invisível”, o autor Stephen Chbosky conta a história do adolescente Charlie, que sofreu bullying durante sua infância e isso o perseguiu durante toda a vida, tendo como um dos efeitos colaterais a depressão. Fora da literatura, a prática do bullying é comum tanto em escolas públicas quanto privadas, então, é imprescindível analisar a conjuntura atual do sistema de ensino que potencializa a sua prática. Contemporâneo ao século XX, o filósofo Jean-Paul Sartre disse que “a violência, independentemente da maneira como ela se manifesta, é sempre uma derrota”. Entretanto, muitos são os casos de violência nas escolas hoje em dia, em virtude da falta de educação em casa e na escola – e essa volta seus esforços para a saturação dos alunos com uma grande gama de conteúdos visando a aprovação no vestibular, em detrimento de iniciativas que combatam estereótipos e preconceitos. Dessa maneira, o local passa a ser um ambiente propício para a prática do bullying – de acordo com a UOL, 70% dos estudantes presenciaram agressões entre colegas no âmbito escolar em 2009, o que mostra a realidade que o país passa quanto a educação. Além disso, a violência nesse meio cria um ciclo vicioso cujo aluno que sofre as agressões físicas e psicológicas tende a cometer os mesmos delitos com outras pessoas – exemplo disso foi o massacre de Realengo, que aconteceu no Rio de Janeiro em 2011, deixando vários mortos e feridos. Ademais, a falta de supervisão e coerção desses crimes por parte de diretores e coordenadores em virtude de famílias influentes contribui negativamente para a diminuição dos casos de bullying no Brasil, onde o número de vítimas cresce constantemente. Fica claro, portanto, que são necessárias medidas para resolver o impasse. Desse modo, é importante fomentar debates em sala de aula sobre tal tópico, criando um canal de comunicação entre alunos e professores, no qual será possível realizar denúncias para resolver problemas dentro e fora da escola, possibilitando, assim, o combate efetivo ao bullying. Outrossim, o Ministério da Educação, por meio de votações, deve alterar a grande curricular atual para que sejam abertas aulas destinadas a importância do respeito para com o outro, instigando os alunos a conviverem em harmonia entre si, melhorando a educação e diminuindo casos como o de Charlie.