Atualmente, no Brasil, é indubitável que o bullying ainda se faz presente no contexto escolar de milhares de estudantes, fato que prejudica o estado físico-emocional dos jovens, bem como a harmonia e a unidade nas salas de aulas. Em primeiro plano, é possível destacar a influência do contexto histórico brasileiro nessa questão a partir do momento em que o racismo, a intolerância religiosa e o conflito entre classes econômicas são fatores de exclusão que, por vezes, passam despercebidos. Tal segregação interfere diretamente no rendimento escolar individual, além de tornar a vítima suscetível a desenvolver traumas ou doenças psicossomáticas graves. Outrossim, a falta de comunicação dos pais e das escolas com os jovens sobre a problemática do bullying é um fator agravante, já que aumenta as possibilidades destes agirem impulsivamente por conta própria. Todavia, segundo a psicóloga Aline Beckman, a prática violenta também afeta a saúde mental dos agressores, tornando-os passíveis de desenvolver depressão ou se tornarem usuários de drogas. Portanto, faz-se necessário medidas práticas e eficientes a fim de harmonizar os ambientes de ensino no Brasil. Para isso, é imprescindível uma maior atenção fraternal no contexto estudantil dos jovens por meio de conversações e aconselhamentos que visam a importância do respeito ao próximo e do debate à resolução dos problemas individuais. Concomitantemente, seguindo a máximo kantiniana de que o homem é aquilo que a educação faz dele, as escolas devem promover debates entre pedagogos e alunos sobre as consequências de práticas separatistas nas salas de aula, buscando a construção de ambientes harmônicos e saudáveis.