Embora a Revolução Francesa tenha inaugurado a igualdade entre os gêneros, os desafios para manter os mesmos direitos de homens e mulheres permaneceram. Pode-se dizer que, conforme há um aumento da conscientização dos possíveis privilégios da mulher, como eclodiu no movimento sufragista no século XIX ao reivindicarem o voto feminino, a luta pelos mesmos direitos se torna gradual principalmente no Brasil – país que se posiciona em 90° lugar no ranking de desigualdade entre os gêneros pelo Fórum Econômico Mundial. Dessa forma, deve-se haver uma analise do contexto no qual esses desafios se inserem. Apesar de atualmente as mulheres terem adquirido mais voz dentro do campo social, as raízes do patriarcalismo ainda estão embutidas no subconsciente coletivo. Dentro do mercado de trabalho, por exemplo, dados do IBGE registram que as mulheres recebem 77,5% dos salários dos homens e, além disso, o nível de ocupação das mulheres em cargos de grande peso são inferiores, já que, no geral, são submetidas aos trabalhos domésticos. Além disso, em um contexto mais abrangente, conforme houve a ascensão da comunidade LGBT, a desigualdade também se destaca para os transexuais. Meghan Stabler, ativista transexual estadunidense, diz que “o maior desafio para as pessoas trans é o reconhecimento” e, no Brasil, o preconceito enraizado pela falta de reconhecimento não apenas prejudica na inclusão desses trans dentro do mercado de trabalho, como também no ambiente escolar, o que os impulsionam para o caminho da prostituição. Em síntese, pode-se concluir que a desigualdade entre os gêneros afeta várias camadas do corpo social. Para retificar tal situação, um plano de governo no qual reivindique diretrizes que possam punir, seja por multa ou fechamento da empresa, por atribuir diferença salarial para pessoas de mesmo cargo, contribui para a amenização dessa dessemelhança dentro do mercado de trabalho. O Governo também pode atribuir sistema de cotas para inclusão de transexuais dentro das escolas e do mercado de trabalho, para que dessa forma os incentive na inserção social e que, futuramente, se torne uma ação endêmica.