O Brasil, segundo o Fórum Econômico Mundial, possui uma gritante desigualdade de gênero. Mas qual a definição de gênero? São os papéis dados aos dois sexos em determinado local da história, ou seja, podem mudar em relação ao espaço e ao tempo. Dessa maneira, essa relação é diferente em cada país, por exemplo, e no ranking da WEF que tem como base, entre outros fatores, a igualdade de acesso ao sistema política a nação brasileira fica na infeliz nonagésima posição. Sendo assim, para o Brasil acabar com essa desigualdade deve superar antigas filosofias e definir uma maior participação feminina em questões vitais para a sociedade. Nesse sentido, a desigualdade de gênero é fruto de velhas doutrinas da sociedade. Dessa forma, entre várias, a principal culpada é a do patriarcado, essa que reinou no Brasil desde sua fundação. Esse modo de pensamento definiu a submissão feminina ao homem – primeiro ao pai e depois ao marido. Consequentemente, essa filosofia se mostra em pequenos detalhes, como nos brinquedos dados as crianças. Sendo assim, meninas brincam de cozinha e boneca e meninos de carrinho, isso nada mais é do que a preparação da mulher para seu papel no matrimónio. Logo, a definição de gênero começa no início da vida e dá às mulheres o papel de cuidadora da família e não de iguais aos homens. Assim, a desigualdade de gênero se revela em vários setores da sociedade. Dessa maneira, sem dúvida, a pior disparidade é na questão política, afinal políticos são os representantes de um grupo em seus interesses e, por isso, é lógico que o porcentual populacional ser similar ao político, mas não é o que acontece. Por exemplo, dos treze candidatos à presidência da República em 2018, duas são mulheres. Porém, fosse-se o reflexo da população, seriam sete mulheres e seis homens. Fica claro, portanto, que a desigualdade de gênero está enraizada na sociedade brasileira. Entretanto, é possível mudar esse quadro. Para isso o Congresso Nacional deve propor aumentar para 50% a cota feminina em eleições que atualmente está definida por lei em 30%. Além disso, para a primeira mudança ser efetiva, é necessário que o Ministério Público Eleitoral incentive a participação de mulheres na política por meio de campanhas publicitárias, essas podem apelar para figuras famosas nessa área, como a da Primeira Ministra Britânica Margaret Thatcher. Por certo, aplicando essas medidas, os desafios para se conquistar a igualdade de gênero serão vencidas.