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Redação sem título.

Tema de redação: Os desafios da igualdade de gênero no Brasil

Redação enviada em 09/10/2018

A desigualdade de gênero, segundo o Fórum Econômico Mundial (FEM), cresceu em escala global, inclusive no Brasil, em 2017. Esse fato remete a um retrocesso para as mulheres e reflete o recrudescimento de uma cultura machista. Nesse sentido, torna-se essencial discutir acerca dos avanços e desafios da igualdade entre os sexos, que envolve o movimento feminista e a resistência social à mudança. A partir da metade do século XX, o movimento feminista tornou-se um símbolo de revolução das mulheres contra os papéis sociais estabelecidos culturalmente. Somado a isso, os métodos contraceptivos e a inserção da mulher no mercado de trabalho foram imprescindíveis para a luta pela igualdade de gênero. Contudo, tudo que é construído socialmente ao longo de séculos demanda tempo para ser desfeito. Logo, a persistência da mentalidade machista ainda é perceptível, por exemplo, na desigualdade salarial para um mesmo cargo. Ainda que existam avanços na equidade entre os sexos, o homem continua sendo visto como o que possui maiores vantagens. Dessa forma, a gravidez, o período menstrual e até as alterações hormonais cíclicas são usados como argumentos de para inferiorizar a mulher diante da “supremacia” masculina. Conforme o FEM, o Brasil despencou onze posições no ranking da igualdade de gênero, ficando em 90° lugar. Assim, destaca-se como o país mantém características patriarcalistas, o que é representado nos altos índices de violência contra a mulher e nos casos de feminicídio. Diante do exposto, há a necessidade de desconstruir o ideal de comportamento para cada gênero. Para isso, o Ministério do Trabalho deve proibir a diferenciação salarial entre o homem e a mulher para um mesmo cargo, a fim de promover a justiça e a isonomia. Além disso, o Ministério da Educação, as Secretarias Estaduais e Municipais deve promover a igualdade de gênero desde as primeiras fases da alfabetização, por meio de atividades em sala de aula e visitas de profissionais mulheres que ocupam cargos ditos “masculinos” e vice-versa. Desse modo, será possível fomentar uma futura sociedade liberta de cárceres culturais sobre a igualdade entre os sexos.