O movimento feminista, criado no século XIX, tem como objetivo lutar pela igualdade de gênero e pela maior participação da mulher na sociedade. Entretanto, no contexto vigente, mesmo com algumas conquistas proporcionadas por essa ação, ainda há desafios a serem enfrentados pelo sexo feminino como a desigualdade salarial, a violência e a falta de representatividade na política. Em primeiro plano, vê-se que a ocorrência da Segunda Guerra Mundial propiciou a maior entrada de mulheres no mercado de trabalho. No entanto, devido aos resquícios de um pensamento machista e patriarcal, grande parte da sociedade vê as mulheres como encarregadas de cuidar do lar e não mais que isso. Nesse viés, percebe-se que essa visão se reflete no mercado de trabalho, à medida que permanece a desigualdade salarial entre homens e mulheres que ocupam o mesmo cargo. Exemplo disso é a pesquisa realizada pelo IBGE, na qual expõe que a mulher estuda mais, trabalha mais e ganha menos que o homem. Desse modo, percebe-se que há muito para ser trilhado em busca de combater essas disparidades e medidas para isso devem ser repensadas. Ademais, nota-se que os desafios enfrentados pelas mulheres não se limitam a esfera trabalhista. Nesse âmbito, vê-se que, ainda, muitas são agredidas pelo simples fato de serem do sexo feminino, são consideradas como frágeis e acabam sendo menosprezadas ou discriminadas. Outrossim, é a escassa representatividade política feminina, algo que prejudica a aprovação de projetos que assegurem os seus direitos e a igualdade em relação aos homens, o que é entristecedor. Logo, as mulheres são afetadas à proporção que ações de cunho machista são perpetuadas. Em suma, para contornar essa situação o Ministério da Educação, em parceria com pais e professores, deve proporcionar aulas e palestras que visem a estimular atividades e brincadeiras que não estipulem “ coisas de menino ou de menina”, a fim de desestruturar esse pensamento desigual e machista repassado ao longo das gerações. Além disso, o quarto poder e as ONG’s precisam se preocupar com a divulgação de campanhas, por meio de propagandas e panfletos que contenham informações sobre as consequências da perpetuação de uma visão machista, que almejem atingir os pais como forma deles ensinarem aos seus filhos, desde a infância, que não deve haver desigualdade entre os gêneros. Só assim, a longo prazo, esse pensamento deixará de existir.